“Caso”

Quando a gente tem um “caso”, é realmente um caso sério e muitas vezes ficamos sem saída, assim como eu fiquei. Estava tão acostumada, tão absurdamente enamorada “dele”, como eu poderia encarar essa separação? Nunca! Haveria um jeito, uma maneira de não acabar nosso “caso”. Eu o conheci antes de mudar para Unaí-MG, ainda em Belém-PA, onde nasci. Foi amor a primeira vista, desses que a gente não esquece e que fica na pele, que nos pega de uma maneira total. Nem sei explicar direito. Mesmo quando isso aconteceu, a mudança de cidade, não foi problema, ele vinha de Belém quando eu precisava e ficávamos juntos outra vez, foi assim durante muito tempo. Até que um dia eu recebi uma comunicação triste e custei a me acostumar com a idéia. Ele não viria mais. Aquele frasco que me restava era o último, não existia mais na “Mithus da Amazônia” o Perfume “Caso”, acabou. Eu tive que me conformar com algumas gotinhas que restavam no último vidro que eu tinha. Até hoje sinto falta daquele perfume, nunca mais consegui ser “fiel” a nenhum outro. Tentei e ainda procuro um perfume parecido com aquele, igual sei que jamais vou encontrar. Belo “Caso” esse meu, um “caso” que nunca vou esquecer.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 10/05/2010
Reeditado em 14/05/2010
Código do texto: T2248145