Vamos Pentelhar: questões filosóficas para se pensar enquanto se usa a latrina (sentado, é claro)

Proponho aqui um intrigante estudo filosófico a respeito de uma situação cotidiana que todos nós, meros mortais, já vivenciamos ou fatalmente vivenciaremos, um dia ou outro, sem escapatória. Se você está comendo um pastel numa lanchonete e nota (a partir de uma determinada mastigada, já na metade do pastel) que há algo em sua língua que certamente não é comida, podendo ser apenas duas coisas: um barbante ou um pentelho. O correto a se fazer é: tirar o objeto da boca e verificar do que se trata? E se for apenas um barbante? O modo certo de proceder é continuar comendo o pastel? Isso vai depender das duas coisas: sua fome e o aspecto do barbante. Mas caso seja um pentelho? Você reclamaria? Continuaria comendo o pastel? Porque, verifiquem, crianças, que se vocês fizerem alarde, todos na lanchonete saberão que comeu um pastel onde havia um pentelho. Lamento, então, que existam grandes chances de vocês terem comidos vários pentelhos antes de encontrar o pentelho divisor de águas, cerne dessa sublime questão(Pois, lembrem crianças, que o ser humano tem milhares de pentelho, centena de milhares - excedendo certas etnias, que ao que sei são poucas, o que pelo pentelho encontrado, com certeza não se encaixa nesse riquíssimo enredo filosófico que aqui proponho). Finalmente, há uma outra questão a ser averiguada. E se o pentelho já estivesse sorrateiramente enfiado em alguma fenda em vossos dentes? (não vou entrar no mérito do porque estavam entre vossos dentes, vocês já são grandinhos o bastante pra saber porque, crianças) O pastel estaria escusado, assim como todo o quadro de funcionários da lanchonete? Por favor, criançada entusiasta de filosofia. Resolvam essa que eu já to limpando a bunda.

R A Ribeiro
Enviado por R A Ribeiro em 27/08/2014
Reeditado em 27/08/2014
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