POESIA TARDIA – (ou: “A Cachoeira Faz... Chauí-Chauí ”)

Eu quis rimar meu discurso médio,

Virei um viral na rede, com minha estratégia.

Apresentei à minha classe o santo remédio:

Para ser rico, jamais aceite ser “classe média”.

Sou parte do corpo docente,

Digo aos alunos meus, com toda a certeza:

O Lula não é mesmo inocente,

Mas, prefiro ir com ele a ser burguesa.

Do alto de minha filosofia,

Eu te digo, meu caro gafanhoto,

É claro que o Lula sabia!

Antes de esquerda do que canhoto.

Vocês se lembram do meu cabelo,

Vocês se lembram da minha voz.

Podem perguntar ao Aldo Rebelo:

Teve muito dinheiro?... é ali que “tá nóis”.

O Lula não lê os meus livros,

Nem eu bebo a mesma pinga que ele.

Mas, desde muito, somos amigos:

Eu até imito os cacoetes dele.

Não é que eu goste muito da Dilma, não!

Mas antes ela do que Marina.

Pergunte ao Chico Buarque (que tesão!)

A Dilma é bem mais feminina.

Você aí, eu aqui, vamos de poesia.

Em nosso País existe uma tragédia,

De norte a sul, e até (também) na Bahia:

O que me irrita é a tal da classe média.

A classe média tem muito voto, sim meu senhor.

A classe média é o ideal, para votar no Pê-Tê.

Mas logo depois que a urna fechou,

Eu xinguei “ela”... e o Lula riu a valer.

Vamos, vamos, Ó minha gente,

Deixem de lado esse real episódio.

Contra o Aécio, essa é a corrente,

Olha aqui! que eu até seguro esse meu ódio.

Eu vim de lá, eu vim de lá tão nervosinha...

O Lula me aplaudiu e eu fiquei orgulhosinha!