MAMÃE EU QUERO (ou: Nem a Barbie Pode Mais Do Que A Dilma)

Não se falava em outra coisa na Vila Cubana.

Ela já havia recebido um convite formal de uma conceituada e mui-amiga nação vizinha para discursar, persistindo apenas a dúvida se seria antes ou depois da diplomação do seu segundo mandato.

Choviam propostas para parcerias cada vez mais ditatoriais, desde que as nações mui-amigas haviam cumprimentado a Dilminha, sucessivamente no primeiro e no segundo turno.

Tudo em razão de que o seu sucesso nas urnas não havia passado longe dos olhos do Clube Comunistinha, conhecido como o Fosso de São Paulo... porém, ironicamente, nada disso que é relatado aqui neste texto tinha sido publicado no YouTube.

Muito se comemorava dos seus requebros, sua maquiagem, seu português meio confuso nos debates ou sua performance de ex-armadora naquela imagem gigantesca da parede ou no olhar fulminante contra o adversário, e também da jubinha bem-feitinha, enfim, o conjunto da obra era tudo isso e sabe-se lá mais o quê de encantador sobre a “Mamãe” (como é carinhosamente chamada por Luciana Genro).

O seu nome “de gatilho” frequentava as cabeças das pessoas da Vila Cubana, desde os tempos de guerrilha.

Pois é isso mesmo, nem podia ser diferente, graças aos boatos que tinham surgido desde a época em que escapara de uma emboscada armada pelos generais na década de sessenta (Século XX), justamente aqueles que a consideravam uma rival muito valente na luta pela conquista do direito de mandar.

Assim, ela era considerada o gatilho mais rápido da época.

Pergunte, aos antigos, “quem era” que metia medo nos Estados Unidos na época da Guerra Fria.

Pergunte quem quase roubava o John Lennon da namorada Yoko na base do tapa, ou quem era conhecida como a Maria Bonita sem o seu Lampião. Pergunte qual mulher usava louças e panelas para “cozinhar”, atirando-as para cima e crivando-as de rajadas de chumbo fazendo fumegarem os canos de potentes rifles.

Pergunte quem fez “barba e cabelo” de um agressor fardado, numa luta que agitou a madrugada de uma segunda-feira que prometia amanhecer ingrata. As poucas testemunhas ficaram do lado da “Mamãe”, claro, mas mesmo assim socorreram o coitado ao final da escaramuça, sendo que o sujeito quando chegou no Hospital de Pronto-Socorro ficou acanhado de contar que aqueles seus inchaços no rosto e os dois furos de bala, um em cada pé, tinham sido provocados por uma mulher.

A Mamãe hoje é um exemplo de tudo quanto é limonada que se pode fazer desses limões que a vida prefere atirar no caminho de um ser humano, vez por outra.

Tudo prosperou para a Mamãe, que hoje em dia causa inveja ao seu redor, já que ela tornou-se consultora de muitos que pensavam que somente os marmanjos poderiam mandar em questões de Fidelização da América do Sul.

E ela mandou dizer que, no passado, quase desafiou, para uma briga de facão, um determinado senhor que tempos atrás se dizia caçador de Marajás e que queria peitar todo mundo sempre afirmando que tinha “aquilo” roxo.

“Fidel escreve certo por linhas tortas, mas muito redondinhas, assim como as curvas da Mamãe”.