O pequeno Hassan

O Pequeno Hassan(conto)

Um lindo ponei branco, era guardado especialmente com toda honra naquele Haras, pertencia ao filho do dono. O menino nascera com síndrome de down.

Carlos Eduardo ,era o seu nome, mas todos o chamavam de "Cadu", simplificava o chamado . Toda semana, a babá e o pai o levava ao estábulo, para os exercícios recomendado pelo médico do menino. Porém,havia algo de estranho nele, apesar da mansidão do cavalinho, o Cadu tinha muito medo, chorava de espernear,quando o peão do Haras tentava o colocar no lombo do Hassan, até que ele desistia de insistir, adiando o tratamento daquela criança.

De longe àquela senhora observava a reação do menino.Era dona Lúcia ,que trabalhava lá como auxiliar de limpeza, limpando os vestiários, a recepção, as salas ,os troféus de campeões em hipismo, inclusive o propriétário, era um desses campeões.

Dona Lúcia, ficava triste em presenciar aquela cena, Nos intervalos de refeições, ela costumava ir até aos estábulos "conversar"com os puros sangue, na cabeça dela eles entendiam o que ela falava, pois respondiam com um piscar de olhos. A paixão era maior pelo o pequeno pônei Hassan. Sentia feliz de poder ter o privilégio de tocá-lo, acarinhiá-lo, conversar com ele como se conversasse com uma criança, era manso demais, então pensava…"Por que será que aquele menino tinha tanto medo?

Normalmente a criançada que frequentava as aulas de hispismo, adorava o Hassan, mas, era de uso exclusivamente do Cadu.

Um dia porém, dona Lúcia que estava limpando o vestiário, deu de frente com a babá e o Cadu. Ela aproximou-se dele e com jeitinho começou a puxar assunto, o agradando, conversando também com a babá…Conversa vem conversa vai,conheceram-se melhor e formou uma grande amizade entre os três.Ela contou o carinho que tinha com o ponei. A conversa se entendeu depois ao pai do menino. Ele chamou a dona Lúcia e pediu que ela ajudasse ao Cadu a superar aquele medo.

Na semana seguinte, estava lá todos próximo ao local onde morava o Hassan. O peão retirou o ponei, trouxe até a dona Lúcia, ela usando a imaginação, coversava com ele, fazendo carinho, num diálogo especial, perguntava coisas e dizia o que ele respondia. O Cadu começou a rir das conversas dos dois. Mais confiante,ele foi se aproximando mais e mais, achando a maior graça daquele papo, que parecia impossível de entender.

De repente, para a surpresa de todos,ele estendeu a mãozinha e passou sobre a testa do pônei. Havia tanto brilho no olhar dois dois, que era de admirar . Depois com muita alegria ele virou-se para dona Lúcia, estendeu os bracinhos e abraçou-a num abraço bem apertado.

Daquele dia em diante, o menino afastou o temor, passou a relacionar melhor com o Hassan, já deixava colocá-lo em cima do pônei.

Em gratidão àquela senhora, o pai do Cadu a convidou para ser ajudante de treinador. Emocionada a dona Lúcia chorou abraçada com o pônei Hassan.