O BOBO MAU
Mas se eu acho que não tá tudo certo,
me acomodo sob meu teto, como posso dormir em paz.
Eu me encaro no mesmo espelho,
Vejo a vida, sigo meu conselho, pensando ainda como rapaz.
Em modificar tantas coisas, que são maléficas, indecentes
e não podem ficar assim, impunemente.
Essas coisas são rotineiras,
Acontecem em qualquer ribeira,
estão sob o olhar da multidão.
É o seu chefe ganhando a mais,
empregado cada vez mais incapaz. Gente sem bom coração.
É a falsidade, puxa “saquismo”, a violência, o banditismo,
incoerências difíceis de entender.
Se chega a hora da verdade, onde se fica em liberdade,
todos pesam logo em se esconder.
Afino minha viola, voto contra vocês,
eu faço o barco a rolar e canto tudo outra vez.
Sei que estou indo bem.
Passando a marcha tô indo adiante,
acelerando, um tanto arrogante.
Contudo sem ofender ninguém.
Então tá certo, eu sou o maluco,
o bobo mau, quem sabe o caduco, mas disso eu não abro mão.
Um dia eu vou acordar num jardim,
entender tim tim por tim tim, porque é que tem carro na contra mão.