BRUXO FATÍDICO

BRUXO FATÍDICO

Enquanto trem partia sempre no mesmo horário.

Mudava rotina da cidade em dias, ritmo turístico.

Cachoeira, violão, bela lua, estrela, Órion, Aquário.

Entre as divas e as bonitas caboclas, o bruxo fatídico.

Entrecho já desenhado, o princípio, o fim e o meio.

Mago atoa testa poder, borboleta volta ao casulo.

Encontra fada, casa da vovózinha, deposita anseio.

Mexido neurônios, hormônio aflora, alegria do pulo.

Magia, carma, destino, transformam comunhão ímpar.

Só privilégio, colégio que ensinou me a andar e cantar.

Cabeça ereta, ombro postulado, peito aberto para o ar.

Também sei que é beleza, lábios carnudos quero beijar.

Juntos, bruxo e fada, homogênea dupla pratica o bem.

Ela, sempre entidade fantástica, força e energia do sol.

Ele, dependente duplamente do seu brilho, do arrebol.

Prata, marca que reluz sorte, amor, carinho, fé, amém.