Felicidade, fera indomável

Porque buscamos sempre o caminho mais difícil? O ser humano prefere mesmo o sofrimento? Porque temos esse fascínio por pessoas e situações impossíveis ou que nos constrangem?

A resposta está em nós mesmos, na nossa incapacidade de enxergar através do óbvio e decifrar nas entrelinhas o código oculto da felicidade, esse estado de espírito que nos tranqüiliza e nos deixa entorpecidos.

Talvez não saibamos ou nunca seremos capazes de conviver com a verdadeira felicidade, jamais a conheçamos ou nos acostumemos com ela.

Fala-se dos momentos de felicidade, tão rápidos que nos deixam atônitos sempre querendo mais. Esses momentos poderiam ser maiores ou até mesmo eternos se fôssemos um pouco mais equilibrados.

Estamos acostumados a desdenhá-la como se não fôssemos dignos dela ou como se não a merecêssemos, outros sim, talvez, mas não nós - porque será?

Franzimos a testa, viramos o nariz quando vemos alguém muito feliz como se essa pessoa também não fosse merecedora dessa “dádiva”.

A felicidade é fugaz, efêmera, deve-se buscá-la, conquistá-la, domá-la e preservá-la a qualquer custo. É fato que a felicidade não é uma loteria, não se ganha felicidade, nós a perseguimos freneticamente, tentamos alcançá-la e finalmente a dominamos se tivermos equilíbrio.

Entendo que a felicidade não é e nem nunca será um presente dos deuses ou de alguém, esse estado depende unicamente de nós. Ela não reside em um amor, em ter ou obter, em coisas do mundo material. Ela está dentro de nós desde sempre, esperando pelo momento certo, principal e único de nossas vidas – o momento do equilíbrio.

O equilíbrio tornasse assim, a inquestionável chave para todas as portas dos eventuais e inevitáveis mistérios da felicidade.

Fábio Pirajá
Enviado por Fábio Pirajá em 24/05/2007
Reeditado em 24/05/2007
Código do texto: T499162