CONTRA o aborto e pela VIDA!
(Quem cala consente!)

Gestos insanos...
Profanam o ventre...
Maculam consciências!

Respeito à Vida!
Garantir o direito de SER!
Homicidas e Homicídios? Não!

Pela não oficialização do infanticídio!

Por uma nação não infanticida!





 NEU* REFLETINDO o aborto

 
A política do aborto
O que se quer é “desumanizar” o embrião
LUIZ CARLOS FORMIGA


O deputado José Genoino, no artigo de Wellington Balbo, nos fez recordar o artigo: “Eleição, Mulheres e Voto Consciente”, publicado na Revista Internacional de Espiritismo, setembro de 2000 http://www.espirito.org.br/portal/artigos/neurj/eleicao-mulheres-e-voto-consciente.html
Antes das eleições, na TV duas candidatas discutem. Uma delas havia enfrentado, com muita angústia, um aborto espontâneo. Percebi que, embora fossem do mesmo credo, apresentavam posições antagônicas. Eram materialistas. Muitos têm fé no niilismo e acreditam na inexistência de vida após a morte, embora esta tese seja defendida sem nenhuma evidência experimental que a suporte. Uma opinião apresentada por uma delas, a de que o aborto é um direito, foi o que me chamou a atenção. Disse: “a campanha pela legalização do aborto deve seguir na direção pura e simples do direito de abortar, não necessitando a mulher explicar que há problemas com o feto ou que foi estuprada. O aborto não deve ser considerado crime e o argumento que invoco é um só. A mulher pode dizer que não quer este filho e que seu corpo lhe pertence. Este é o projeto de lei pelo qual anseiam as mulheres".
Diz a outra: “mas, aqui o direito de um implica na morte do outro. Não podemos auto-atribuirmos a decisão e a ação de matar o outro. Isto é questão de poder acumpliciado a uma licença ética. É exatamente o que se dá com o político que leva o povo à guerra; dá-se ainda com o terrorista, com o torturador, com os assassinos de todos os matizes. Poder e não-ética, associados, produzem todas as lesões ao outro: o roubo, a censura, o seqüestro, a lista é longa. O aborto não é um direito, é uma possibilidade decorrente do poder e da anestesia da consciência, como escravizar o negro, matar judeus.”
Como que se não tivesse escutado os argumentos, surge a réplica: “A legislação do aborto não dá à mulher autonomia sobre seu corpo. Precisamos entrar na modernidade! Estamos atrasados em relação à Itália, Alemanha ou à França.”
“Sim. Mas, não seria o caso de ampliar a informação sobre anticoncepção? Usar do direito de não engravidar, nestes dias de Aids, usar a camisinha e exigir a colaboração do companheiro?”
“É, mas um dia a casa cai e você aparece grávida, minha filha!" - diz a outra.
A resposta estava na ponta da língua: “mas a culpa é do bebê?” O óvulo é seu. O útero, também, mas o ovo fertilizado é outra pessoa!
A outra engoliu em seco e não se deu por vencida.
“Sim, mas enquanto os teóricos, como você, discutem se o feto com duas ou com quatro semanas já é uma pessoa, a mulher engrossa as estatísticas. As mulheres pobres vão continuar abortando com agulha de tricô?
De repente a outra disse: “Espera aí, vamos entrar nessa de que o Ministério da Saúde adverte... e, gastar fortunas dos recursos públicos, para tratar enfisema e câncer pulmonar que apareceram por causa de uma droga socialmente aceita? “Minha amiga”, falou com tom de piedade, “não seria melhor investir numa estrutura melhor para gerar filhos? Investir em creches e oferecer orientação sobre contracepção? O país já tem os sistemas de comunicação bem desenvolvidos é só questão de vontade política fazer a opção pela educação!” E arrematou: “Isto não é o mesmo que colocar o aborto na lei e a consciência fora da lei?”
“Ora, minha amiga, estamos discutindo a existência de alguém que ainda nem é uma pessoa. É apenas um amontoado de células. Eu estou defendendo a mulher e você vai ficar defendendo um feto!”
“A mulher é sempre ignorada. Essa é a grande questão do nosso século. As mulheres que abortam, no Brasil, não o fazem por opção. Quando falo no direito de abortar falo em direito à vida humana, decente e digna. É preciso existir estrutura para gerar filhos, foi você mesma quem colocou!”
“Sim”, veio a resposta: “e deve ser aí que devemos gastar a nossa energia e não tentando desumanizar o outro! Sempre que se quer humilhar, castrar, limitar ou matar o outro, recorre-se a esta técnica consagrada. O primeiro ato é desumanizar. Se o embrião é um "vir a ser", mas não é ainda por que não suprimi-lo em favor dos que são?
Hitler e Stálin tinham idéias, até nobres, pelas quais se delegaram o direito, e até o dever, de matar judeus, dissidentes, capitalistas, comunistas e católicos. O que se quer é “desumanizar” o embrião para adormecer as consciências com uma legitimidade.
"A ciência não tem uma definição de vida, portanto não pode justificar um procedimento tão grave sobre o que desconhece.”
Este diálogo é encontrado no opúsculo que recebeu o título “Antes de votar pergunte ao candidato sobre o aborto” e que está colocado em Campanhas (1998), na antiga HP do NEU-RJ, no endereço eletrônico http://www.geocities.com/neurj/neurj.htm
Votar não é fácil, apertar botões não deveria ser a única preocupação dos educadores de época de eleição.
Devemos tomar cuidado. Nestes dias, na beira do precipício Portugal recebeu o empurrão!


http://www.jornaldosespiritos.com/2007.3/col49.2.htm

                                       

Aborto e suicídio
A vida é mais que um bem. A vida é um dom...

ABORTO NÃO - Assista ao vídeo da música "Silvia" http://br.youtube.com/watch?v=JVzwL87NRCg
Recordo a história de uma gestante, filha de espíritas. Durante uma obra de alvenaria na casa de seus pais, apaixonou-se pelo pedreiro responsável. Casaram-se. Nasceu uma filha, doce menina, bela jovem.
Dificuldades financeiras eram muitas. Ele era obrigado a fazer horas extras em outras cidades e, durante a semana, ficava longe da família. Engravidaram de um menino “temporão”.
Os problemas financeiros, que não eram poucos, certamente aumentariam, mas tiveram a criança.
Em outro caso, onde a mãe dona Anna disse: “Não, Doutor! Matar? Nunca!”, o menino recebeu o nome de Divaldo Pereira Franco.
No que lhes narro o menino é outro.
O pedreiro e a mulher venceram desafios, mas o destino resolveu ser cruel.
A lesão cardíaca roubou-lhes a filha, na juventude.
Ela entrou em depressão lutando e resistindo para cuidar do filho, ainda na primeira infância.
O tempo passou, o menino cresceu, chegou à universidade, doutorou-se e lhe deu três netas e um neto. Voltou a ser feliz.
Mas, “o tempo não para!”.
Prova final, no leito do Hospital da Universidade, onde o filho agora era professor, faz-lhe a confissão: “quando sua irmã morreu senti vontade de morrer também. Não cometi suicídio porque você era tão pequeno!”.
É extenuante a dor de quem perde um filho!
Chico Xavier passou bom tempo dedicando-se às mães desesperadas. “Ninguém tem o direito de se omitir”,
http://www.chicoxavier.org.br/ (com som).
Certa vez fui a Uberaba. Impressionou-me o sofrimento e a expectativa daquelas mães esperando a comunicação, como Nair Belo.
Chico tinha um limite e psicografava “poucos”, durante cada reunião.
Qual o critério utilizado pela espiritualidade para a escolha das mães privilegiadas?
Um amigo disse-me já ter feito a pergunta. Fora informado de que o critério era a profundidade da dor, aquela que poderia levar ao suicídio.
Hoje também sou avô, mas mal posso imaginar a dor da esposa do pedreiro.
Na terceira idade, devo agradece-lhe a luta e a resistência. Ela me criou. Permitiu-me estar agora recordando a poesia de Plínio. (LUIZ CARLOS FORMIGA)
http://www.ajornada.org/materias/perfil/perfil-0006.htm


Imagem-Google

http://www.jornaldosespiritos.com/2007.3/col49.20.htm
Dr. LUIZ CARLOS D. FORMIGA é professor universitário da UFRJ e UERJ, aposentado.


*Núcleo Espírita Universitário