Evidências de REENCARNAÇÃO


Século XXI...
Ainda causa espanto...
Falar em evidências de reencarnação!

VOCÊ “são tantos”...
Não se dá conta?
Não falta um (S)!

Falta a aceitação do óbvio!

Falta assumir a condição de errante!












NEU* - Evidências cientificas e sugestivas de reencarnação



 

Evidências cientificas e sugestivas de reencarnação

Dr. Luiz Carlos D. Formiga
 

Transparências utilizadas na palestra realizada no dia 15 de junho de 1999, no Núcleo Espírita Universitário-UERJ

Este é um tema que, principalmente dentro da Universidade, é olhado com preconceito, o que nos lembrou um texto que lemos no InformANDES, SETEMBRO DE 1998. Um matuto, pobre e quase analfabeto, pode ser presidente? A que ponto chegamos !?

Vejam só a que ponto chegamos. Agora ele esta querendo ser presidente. Não se enxerga? A começar pelos ancestrais, que não são coisa que se recomende. Há fortes boatos de descender de uma mulher de costumes frouxos e susceptível a amores proibidos. O pai, ao que parece, não conseguia se fixar em emprego algum, e alguns chegam mesmo a descrevê-lo como tendo alma de vagabundo. É certo que não seria nunca escolhido como “operário padrão”. E que dizer do lugar onde nasceu? Estado dos mais atrasados, sotaque típico, crescido em meio à rudeza dos que não se refinaram para as lides públicas. Podem imaginar o seu comportamento em um banquete? Seria vergonhoso... Cotovelos sobre a mesa, empurrando a comida com o dedão, falando de boca cheia... Seria um vexame nacional. Acresce o fato de não haver nem mesmo terminado o curso primário, sua educação se restringindo a ler, escrever e fazer as quatro operações. Como trabalhador braçal, excelente. Na verdade, ali é o seu lugar. Como acontece com as pessoas que trabalham muito com o corpo e pouco com a cabeça. Seu corpo se desenvolveu de forma invejável. Testemunhas oculares relatam mesmo que, em certa ocasião, não vacilou em se valer dos músculos para dobrar um grupo de adversários. Mas o que assusta mesmo é que o seu radicalismo em relação às questões do trabalho, especialmente o campo. Pois não é da iniciativa e do capital dos patrões que vem a riqueza do país? E agora este matuto quer colocar o carro na frente dos bois... Se a sua política agrária for colocada em prática é certo que vamos ter uma convulsão social no país. O nosso sistema de produção vai ser desmantelado, com imprevisíveis conseqüências para a economia. Mas pior do que isto serão as conseqüências sociais. No final, parece que os empregados tomarão conta de tudo e aos patrões não restará outra alternativa que deixar o país.”

Diz Rubem Alves, educador e docente da UNICAMP:

“podem guardar seus sorrisos e sua raiva porque isto que escrevi não é sobre quem vocês estão pensando. É sobre Abraham Lincoln. E o que disse sobre sua vida pode ser encontrado na Enciclopédia Britânica, para quem quiser conferir.

 

REENCARNAÇÃO “SEM PRECONCEITOS”

  1. STEVENSON, I. TWENTY CASES SUGGESTIVE OF REINCARNATION. PROCEEDINGS OF THE AMERICAM SOCIETY FOR PSYCHICAL RESEARCH, VOL. XXVI, SEPTEMBER 1966. SECOND EDITION, REVISED AND ENLARGED; CHARLOTTESVILLE: UNIVERSITY PRESS OF VIRGINIA.
  2. STEVENSON, I. ÍNDIA CASES OF REINCARNATION TYPE. VOL. I - TEN CASES IN ÍNDIA. CHARLOTTESVILLE: UNIVERSITY PRESS OF VIRGINIA, 1975.
  3. STEVENSON, I. ÍNDIA CASES OF REINCARNATION TYPE. VOL. II - TEN CASES IN SRILANKA. CHARLOTTESVILLE: UNIVERSITY PRESS OF VIRGINIA, 1977.
  4. STEVENSON, I. THE EXPLANATORY VALUE OF THE IDEA OF REINCARNATION. JOURNAL OF NERVOUS AND MENTAL DISEASE, USA, 164(5): 1977.
  5. STEVENSON, I. RESEARCH INTO THE EVIDENCE OF MAN’S SURVIVAL AFTER DEATH. JOURNAL OF NERVOUS AND MENTAL DISEASE, USA, 165(3): 1977.
  6. STEVENSON, I. LEBANON AND TURKEY CASES OF REINCARNATION TYPE. VOL. III TWELVE CASES IN LEBANON AND TURKEY. CHARLOTTESVILLE: UNIVERSITY PRESS OF VIRGINIA. 1980.
  7. STEVENSON, I. THAILAND AND BURMA CASES OF REINCARNATION TYPE. VOL. IV - TWELVE CASES IN THAILAND AND BURMA. CHARLOTTESVILLE: UNIVERSITY PRESS OF VIRGINIA. 1983
  8. STEVENSON, I. CHILDREN WHO REMEMBER PREVIOUS LIVES. CHARLOTTESVILLE: UNIVERSITY PRESS OF VIRGINIA. 1987.
  9. STEVENSON, I. WHERE REINCARNATION AND BIOLOGY INTERSECT: A SYNOPSIS. WESTPORT: PRAEGER. 1996.
  10. STEVENSON, I. REINCARNATION AND BIOLOGY: A CONTRIBUTION TO THE ETIOLOGY OF BIRTHMARKS AND BIRTH DEFECTS. VOL. I - BIRTHMARKS, VOL. II - BIRTH DEFECTS AND OTHER ANOMALIES. WESTPORT: PRAEGER. 1997.
  11. STEMMAM, R. INCREDIBLE PHYSICAL EVIDENCE FOR REINCARNATION. REINCARNATION INTERNATIONAL, 13: OCTOBER, 1997.
    Redação: REINCARNATION INTERNATIONAL LTDA., P.O. BOX 10839, SW13OZG, LONDON, ENGLAND.
    E-MAIL: reincarn@dircon.co.uk . WEB SITE: www.dircon.co.uk/reincarn/s
  12. STEVENSON, DAVID. BOOK REVIEWS. JOURNAL OF THE SOCIETY FOR PSYCHICAL RESEARCH, 2(852): JULY, LONDON, 1998.

1961 - INÍCIO DA LINHA - NA ÍNDIA PESQUISOU CASOS DE CRIANÇAS, QUE SE REFERIAM COM PRECISÃO A FATOS, PESSOAS E LOCAIS VIVIDOS EM UMA SUPOSTA VIDA ANTERIOR.

1966, RELATÓRIO, EM SETEMBRO, DOS PROCEEDINGS DA AMERICAN SOCIETY FOR PSYCHICAL RESEARCH, 352 PÁG. VOL. 15 cm X 23 cm. TÍTULO: TWENTY CASES SUGGESTIVE OF REINCARNATION.

HOJE POSSUI 2.600 CASOS E PUBLICOU 2.500 PÁG. DE RESULTADOS DE SUAS PESQUISAS.

A FORTÍSSIMA EVIDÊNCIA DA REENCARNAÇÃO TEM COMO COROLÁRIO, IRREFUTÁVEL E LÓGICO, A SOBREVIVÊNCIA DE “ALGUM ELEMENTO” QUE SE PERPETUA APÓS A MORTE CORPORAL.

DIVULGAÇÃO DISCRETA EM INGLÊS, 31-32 ANOS APÓS SEU RELATÓRIO, HÁ EM LONDRES, JOURNAL OF SOCIETY FOR PSYCHICAL RESEARCH, 463-464,1998, SÓBRIA APRECIAÇÃO. HÁ MAIS DETALHES NA REVISTA INGLESA: REINCARNATION INTERNATIONAL, 13: 9-15, 1997.

E-MAIL: reincarn@dircon.co.uk. WEB SITE: www.dircon.co.uk/reincarn/s



O FUTURO

1. AS PESQUISAS ULTRAPASSARÃO AS MERAS CONJECTURAS RELIGIOSAS.

2. ALÉM DAS MUDANÇAS NAS ÁREAS DA PSICOLOGIA E PSIQUIATRIA, A HIPÓTESE CIENTÍFICA PODE SER INCORPORADA À GENÉTICA, COMO LEI NATURAL.

SÃO AS PALAVRAS DO ENG. HERNANI G. ANDRADE, DO IBPP, SP, APÓS RECEBER CORRESPONDÊNCIA E TRABALHOS ENVIADOS PELO DR. STEVENSON.

 

O FATOR ESPIRITUAL E A MEDICINA.

A MEDICINA AJUDOU A ESTABELECER O CONCEITO DE QUE A SAÚDE É ALGO MAIS DO QUE A SIMPLES AUSÊNCIA DE DOENÇAS E QUE ELA DEPENDE PREDOMINANTEMENTE DE FATORES EXTERNOS AO SETOR SAÚDE.

NA NOVA CONSTITUIÇÃO (ART 196) A SAÚDE É AMPARADA PELO PRINCÍPIO DE QUE É DEVER DO ESTADO GARANTI-LA “MEDIANTE POLÍTICAS SOCIAIS E ECONÔMICAS QUE VISEM À REDUÇÃO DO RISCO DE DOENÇA E OUTROS AGRAVOS”.

DISTO PODEMOS INFERIR SUA MULTICAUSALIDADE E AINDA VER CLARAMENTE A DETERMINAÇÃO SOCIAL, ECONÔMICA, POLÍTICA E ESPIRITUAL DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA.


CONCEITO DE CURA:

1. EXTINÇÃO DOS SINTOMAS; 2. EXTINÇÃO DO FATOR ETIOLÓGICO; 3. DESAPARECIMENTO DAS LESÕES ANATÔMICAS.

ISTO IMPLICA EM:

  1. DIAGNÓSTICO CORRETO;
  2. TERAPÊUTICA ADEQUADA;
  3. ACOMPANHAMENTO CLÍNICO E LABORATORIAL DA EVOLUÇÃO;
  4. CONTROLE DA ETIOLOGIA E LESÕES ANATÔMICAS.



CONSIDERANDO O ESPIRITUAL (levar em conta)

  1. NA ETIOPATOGENIA - A LEI DE CAUSA E EFEITO; 2. EM TERMOS ANATÔMICOS E FISIOLÓGICOS - O FATOR PERISPIRITUAL; 3. EM TERMOS PSICOLÓGICOS - O FATOR OBSESSÃO.

O CARMA EM PSIQUIATRIA (REFERÊNCIA: CAIXETA, M. CIÊNCIA ESPÍRITA (Fepesci), JULHO/SETEMBRO DE 1994, PÁGINA 6)

  1. HERANÇA PROGRAMADA PELOS GENETICISTAS DO ESPAÇO PARA QUE TENHAMOS A MELHOR PROVAÇÃO CORPORAL DE ACORDO COM NOSSAS NECESSIDADES ESPIRITUAIS;
  2. HERANÇA PRODUZIDA PELA LESÃO QUE O INDIVÍDUO CAUSA DIRETA OU INDIRETAMENTE AO SEU CÉREBRO MATERIAL-PERIESPIRITUAL;
  3. HERANÇA PSICOLÓGICA-BIOLÓGICA, NA QUAL AS CARACTERÍSTICAS DE PERSONALIDADE DO ESPÍRITO REFLETEM-SE NO PERISPÍRITO E DESTE NO CORPO, VULNERALIZANDO O CÉREBRO PARA ALGUMAS EXPERIÊNCIAS DA VIDA, GERANDO ASSIM UM CERTO TIPO DE TRANSTORNOS MENTAIS;
  4. ESPÍRITO RECUSA-SE A EVOLUIR, PRIMITIVO , ANCORA-SE EM PADRÕES REPETITIVOS DE COMPORTAMENTO (EX.: SEXOLATRIA, TENDÊNCIA SUICIDA) ; ESTE PADRÃO SE REFLETE À NÍVEL PERISPIRITUAL E CEREBRAL ORIGINANDO REAÇÕES NEUROFISIOLÓGICAS, QUE O LEVAM A COMPULSÕES, IMPULSÕES, OBSESSÕES, ETC.



O FATOR ESPIRITUAL E A EDUCAÇÃO.

PAPEL DA ESCOLA. DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA PARA:

O AUTOCONHECIMENTO; A AUTOTRANSFORMAÇÃO; A TRANSFORMAÇÃO SOCIAL.

HAVERÁ COMPROMISSO NA FORMAÇÃO INTEGRAL DO HOMEM, COM SEU BURILAMENTO NA TRAJETÓRIA CÓSMICA, EM FAVOR DO BEM, DA HUMANIZAÇÃO, DA VERDADE, TRABALHANDO O SER E SUA ESSÊNCIA, NA DIMENSÃO DO ESPÍRITO.


Discurso. Formatura da primeira turma do curso de Bacharel em Microbiologia e Imunologia.UFRJ.

(...)E, mais adiante, continua Pasteur, “Não fiquem maravilhados diante do novo, nem assustados pelo que ontem vos era desconhecido. Não recuem diante do mistério, mas procurem enfrentá-lo e desvendá-lo... Não se considerem os únicos donos da verdade e do conhecimento, pois um diploma não faz o cientista.

(...) Pasteur falava de Educação, de Humanidade. Nossos esforços nunca deverão produzir monstros cultos ou psicopatas hábeis.

Muitos desconfiam da educação.

Um sobrevivente de um campo de concentração disse que seus olhos viram o que nenhuma pessoa deveria presenciar. Crianças envenenadas por cientistas instruídos e aparelhos de tortura construídos por engenheiros ilustrados. Por isso Pasteur lembrou que “será um dia esplêndido em que, dos progressos da ciência, participará também o coração”.

A ciência sem o amor pode conduzir a comportamentos imediatistas, quando a vida em si perde seu valor.

(...) Parece estranho que numa reunião de festa falemos da responsabilidade social do cientista, mas ela possui duas dimensões: a individual, que é produzir o bem, e a sócio-política que é a reforma das instituições humanas. O homem que desenvolveu a razão deverá agora abrir o coração.

(...)Pensamos em terminar com o manifesto do Sermão da Montanha, com o da ciência, mas finalmente escolhemos o de um simples chefe indígena ao presidente norte-americano.

“Isto nós sabemos. Todas as coisas estão ligadas

Como o sangue que une uma família ...

Tudo o que afeta a terra

Afeta os filhos e filhas da terra.

O Homem não teceu a teia da vida;

Ele é apenas um fio dela.

Tudo que ele faz à teia

Ele faz a si mesmo”

CIÊNCIA E MICROBIOLOGIA COM AMOR. Boletim da Sociedade Brasileira de Microbiologia (SBM-Notícias), 22 (outubro): 3-4, 1998.


http://www.espirito.org.br/portal/artigos/neurj/reencarnacao.html









Curso Básico de Espiritismo

Associação de Divulgadores de Espiritismo de Portugal

2. REENCARNAÇÃO

 

2.1. JUSTIÇA DA REENCARNAÇÃO

"A reencarnação, afirmada pelas vozes de além-túmulo, é a única forma racional por que se pode admitir a reparação das faltas cometidas e a evolução gradual dos seres. Sem ela, não se vê sanção moral satisfatória e completa; não há possibilidade de conceber a existência de um ser que governe o universo com justiça.

"Se admitirmos que o homem vive actualmente pela primeira vez neste mundo, que uma única existência terrestre é o quinhão de cada um de nós, a incoerência e a parcialidade, forçoso seria reconhecê-lo, presidem à repartição dos bens e dos males, das aptidões e das faculdades, das qualidades nativas e dos vícios originais.

"Todos os espíritos tendem para a perfeição, e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. A sua justiça, porém, concede-lhes realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova.

"Não obraria Deus com equidade, nem de acordo com a sua bondade, se condenasse para sempre os que talvez hajam encontrado, oriundos do próprio meio em que foram colocados e alheios à vontade que os animava, obstáculos ao seu melhoramento. Se a sorte do homem se fixasse irrevogavelmente depois da morte não seria uma única a balança em que Deus pesa as acções de todas as criaturas e não haveria imparcialidade no tratamento que a todas dispensa.

"A doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o espírito muitas existências sucessivas, é a única que corresponde à ideia que formamos da justiça de Deus para com os homens que se acham em condição moral inferior; a única que pode explicar o futuro e firmar as nossas esperanças, pois oferece os meios de resgatarmos os nossos erros, por novas provações. A razão no-la indica e os espíritos a ensinam.

"O homem que tem consciência da sua inferioridade haure consoladora esperança na doutrina da reencarnação. Se crê na justiça de Deus, não pode contar que venha a achar-se, para sempre, em pé de igualdade com os que mais fizeram do que ele. Sustém-no, porém, e reanima-lhe a coragem a ideia de que aquela inferioridade não o deserda eternamente do supremo bem e que, mediante novos esforços, dado lhe será conquistá-lo. Quem é que, ao cabo da sua carreira, não deplora haver tão tarde ganho uma experiência de que já não mais pode tirar proveito? Entretanto, essa experiência tardia não fica perdida; o espírito a utilizará em nova existência".

 

2.2. REENCARNAÇÃO E RESSURREIÇÃO

"A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição. Só os saduceus, cuja crença era a de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso. As ideias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma e da sua ligação com o corpo.

Criam eles que um homem que vivera poderia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o facto poderia dar-se. Designavam pelo termo ressurreição o que o espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação. Com efeito, a ressurreição dá ideia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde há muito tempo dispersos e absorvidos.

A reencarnação é a volta da alma, ou espírito, à vida corpórea, mas em outro corpo, especialmente formado para ele, e que nada tem de comum com o antigo. A palavra ressurreição podia, assim, aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem aos outros profetas. Se, portanto, segundo a crença deles, João Baptista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias, pois João fora visto criança e seus pais eram conhecidos. João, pois, podia ser Elias reencarnado, porém, não ressuscitado".

 

2.3. REENCARNAÇÃO E METEMPSICOSE

"Poderia encarnar num animal o espírito que animou o corpo de um homem?". Allan Kardec submete aos espíritos a questão, inscrevendo-a sob n.º 612 em "O Livro dos Espíritos", para averiguar a veracidade ou não de certas afirmações populares que informavam poderem as almas retornar à Terra num corpo de animal para pagamento de infracções cometidas contra a Lei.

Esclarecem os espíritos: "Isso seria retrogradar, e o espírito não retrograda. O rio não remonta à sua nascente".

E o codificador comenta: "Seria verdadeira a metempsicose, se indicasse a progressão da alma, passando de um estado inferior a outro superior, onde adquirisse desenvolvimentos que lhe transformassem a natureza. É, porém, falsa no sentido de transmigração directa da alma do animal para o homem, e reciprocamente, o que implicaria a ideia de um retrocesso...".

"A reencarnação, como os espíritos a ensinam, funda-se, ao contrário, na marcha ascendente da natureza e na progressão do homem, dentro da sua própria espécie, o que em nada lhe diminui a dignidade. O que o rebaixa é o mau uso que ele faz das faculdades que Deus lhe outorgou para que progrida".

Emmanuel explica como nasceu entre os egípcios a doutrina da metempsicose: "... O grande povo dos faraós guardava a reminiscência do seu doloroso degredo na face obscura do mundo terreno. E tanto lhe doía semelhante humilhação que, na lembrança do pretérito, criou a teoria da metempsicose, acreditando que a alma de um homem podia regressar ao corpo de um irracional, por determinação punitiva dos deuses. A metempsicose era o fruto da sua amarga impressão, a respeito do exílio penoso que lhe fora infligido no ambiente terrestre".

"Pitágoras foi o primeiro que introduziu na Grécia a doutrina dos renascimentos da alma, doutrina que havia conhecido em suas viagens ao Egipto e à Pérsia. Ele tinha duas doutrinas, uma reservada aos iniciados, que frequentavam os mistérios, e outra destinada ao povo; esta última deu nascimento ao erro da metempsicose. Para os iniciados, a ascensão era gradual e progressiva, sem regressão às formas inferiores, enquanto ao povo, pouco evoluído, se ensinava que as almas ruins deviam renascer em corpos de animais...".

"O vulgo não quer ver hoje na metempsicose mais do que a passagem da alma humana para o corpo de seres inferiores. Na Índia, no Egipto e na Grécia ela era considerada, de um modo mais geral, como transmigração das almas para outros corpos humanos. Tendemos a crer que a descida da alma à animalidade num corpo inferior não era, como a ideia do Inferno, no catolicismo, mais do que um espantalho, destinado, no pensamento dos antigos, a apavorar os maus. Qualquer retrocesso desta espécie seria contrário à justiça, à verdade; além de que o desenvolvimento do organismo, ou perispírito, vedando ao ser humano a possibilidade de continuar a adaptar-se às condições da vida animal, torná-la-ia, aliás, impossível"

 

2.4. REVISÃO HISTÓRICA SOBRE A TEORIA DAS VIDAS SUCESSIVAS

"A doutrina das vidas sucessivas, ou reencarnação, é também chamada palingenesia, de duas palavras gregas - palin, de novo, genesis, nascimento. O que há de mais notável é que, desde os albores da civilização, ela foi formulada, na Índia, com uma precisão que o estado intelectual dessa época longínqua não fazia pressagiar.

"Com efeito, desde a mais alta Antiguidade, os povos da Ásia e da Grécia acreditaram na imortalidade da alma, e mais ainda, muitos procuravam saber se essa alma fora criada no momento do nascimento ou se existia antes.

"A Índia é, muito provavelmente, o berço intelectual da humanidade, e é interessante que se encontrem nos vedas e no Bhagavad Gita passagens como as que se seguem: "Assim como se deixam as vestes gastas para usar vestes novas, também a alma deixa o corpo usado para revestir novos corpos"...

"Os mundos voltarão a Brama, ó Arjuna, mas aquele que me atingiu não deve mais renascer"...

"Encontra-se no mazdeísmo, religião da Pérsia, uma concepção muito elevada, a da redenção final concedida a todas as criaturas, depois de haverem, entretanto, experimentado as provas expiatórias, que devem conduzir a alma humana à sua felicidade final...".

"Na Grécia vai-se encontrar a doutrina das vidas sucessivas nos poemas órficos; era a crença de Pitágoras, de Sócrates, de Platão, de Apolónio e de Empédocles. Com o nome de metempsicose falam dela muitas vezes nas suas obras, em termos velados, porque, em grande parte, estavam ligados pelo juramento iniciático; contudo, ela é afirmada com clareza no último livro da "República", em "Fedra", em "Timeu" e em "Fedon".

"Platão adopta a ideia pitagórica da palingenesia. Ele fundou-a em duas razões principais, expostas no "Fedon". A primeira é que, na natureza, a morte sucede à vida, e, sendo assim, é lógico admitir que a vida sucede à morte, porque nada pode nascer do nada, e se os seres que vemos morrer não devessem mais voltar à Terra tudo acabaria por se absorver na morte. Em segundo lugar, o grande filósofo baseia-se na reminiscência, porque, segundo ele, aprender é recordar.

"A escola neoplatónica de Alexandria ensina a reencarnação, precisando, ainda, as condições, para a alma, dessa evolução progressiva.

"Para Plotino, a alma comete faltas, é condenada a expiá-las, recebendo punições em infernos tenebrosos; depois, é obrigada a passar a outro corpo, para recomeçar suas provas...

"Porfírio não crê na metempsicose, ainda mesmo como punição das almas perversas e, segundo ele, a reencarnação só se opera no género humano.

"Segundo Jâmblico, a justiça de Deus não é a justiça dos homens. O homem define a justiça sob o ponto de vista da sua vida actual e do seu estado presente. Deus define-a relativamente às nossas existências sucessivas e à universalidade das nossas vidas.

"Entre os romanos, que receberam a maior parte dos seus conhecimentos da Grécia, Virgílio exprime claramente a ideia da palingenesia... Diz também Ovídio que a sua alma, quando for pura, irá habitar os astros que povoam o firmamento, o que estende a palingenesia até aos outros mundos semeados no espaço.

"Os gauleses praticavam a religião dos druidas, acreditavam na unidade de Deus e nas vidas sucessivas.

"Durante todo o período da Idade Média, a doutrina palingenésica ficou velada, porque era severamente proscrita pela Igreja, então toda-poderosa... Foi preciso chegar aos tempos modernos, e à liberdade de pensar e de discutir publicamente, para que a verdade das vidas sucessivas pudesse renascer à grande luz da publicidade".

"Descartes, Leibnitz e Kant tiveram uma certa intuição destes factos (caracteres dissemelhantes dos gémeos e terem os meninos-prodígio talentos que os pais não possuíam); Descartes, sobretudo, na sua teoria das ideias inatas...

"Todas estas religiões se basearam na crença nas vidas sucessivas: o bramanismo, o budismo, o druidismo, o islamismo. O cristianismo primitivo não abriu excepção à regra. Traços desta doutrina se nos deparam no Evangelho. Os padres gregos Orígenes, Clemente de Alexandria e a maior parte dos cristãos dos primeiros séculos admitiam-na...".

«Ainda que em tempos remotos grandes pensadores cristãos tenham aceite a doutrina das vidas sucessivas, como Orígenes, Agostinho, Francisco de Assis, Jerónimo, entre inúmeros outros pensadores religiosos e leigos, antigos e modernos, muitos mantêm-se na obstinada negativa de quem concluiu sem estudar, como o que não viu e não gostou.»

Segundo Leslie D. Weatherhead, da Igreja Anglicana de Londres (The Case for Reencarnation, de Leslie D. Weatherhead, Londres, 1958), o conceito das vidas sucessivas foi rejeitado pela Igreja Católica no Concílio de Constantinopla, em 553, por votação, na qual a reencarnação perdeu por 3 a 2. O que realmente aconteceu foi que um sínodo local condenou os ensinamentos de Orígenes acerca da preexistência da alma, em 553, na cidade de Constantinopla, crê-se que até por imposição política do imperador Justiniano, a cuja esposa desagradava a ideia de poder reencarnar como escrava, se maltratasse os escravos, como então se ensinava.

 

2.5. A REENCARNAÇÃO NA BÍBLIA E NOS EVANGELHOS

Entre os hebreus, a ideia das vidas anteriores era geralmente admitida.

A crença nos renascimentos da alma encontra-se indicada em inúmeras passagens da Bíblia, de forma mais ou menos velada, porém, claramente nos evangelhos.

Em Isaías, cap. XXVI, v. 19, encontramos: Aqueles do vosso povo a quem a morte foi dada viverão de novo; aqueles que estavam mortos em meio a mim ressuscitarão. Despertai do vosso sono e entoai louvores a Deus, vós que habitais o pó...

É também muito explícita esta passagem de Isaías: "Aqueles do vosso povo a quem a morte foi dada viverão de novo". Se o profeta houvera querido falar da vida espiritual, se houvera pretendido dizer que aqueles que tinham sido executados não estavam mortos em espírito, teria dito "ainda vivem", e não "viverão de novo". No sentido espiritual, seria um contra-senso, pois implicaria uma interrupção na vida da alma. No sentido da regeneração moral, seria a negação das penas eternas, pois estabelece, em princípio, que todos os que estão mortos viverão".

E Job, no cap. XIV, v. 10 a 14, na versão da Igreja grega, assim escreve: Quando o homem está morto, vive sempre; acabando os dias da minha existência terrestre, esperarei, porquanto a ela voltarei de novo.

"...O princípio da pluralidade das existências acha-se claramente expresso... A versão da Igreja grega é mais explícita, se é que isso é possível. "Acabando os dias da minha existência terrena, esperarei, porquanto a ela voltarei, ou voltarei à existência terrestre. Isto é tão claro como se alguém dissesse: "Saio de minha casa, mas a ela tornarei".

Em várias passagens dos Evangelhos aparece claramente a ideia da reencarnação, sendo referida pelos evangelistas, demonstrando que era ponto de uma das crenças fundamentais dos judeus.

1. "Jesus, tendo vindo às cercanias de Cesareia de Filipe, interrogou assim seus discípulos: "Que dizem os homens em relação ao Filho do Homem? Quem dizem que eu sou?". Eles lhe respondem: "Dizem uns que és João Baptista; outros, que Elias; outros, que Jeremias, ou algum dos profetas". Perguntou-lhes Jesus: "E vós, quem dizeis que eu sou?". Simão Pedro, tomando a palavra, respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo"... (S. Mateus, cap.XVI, vv. 13 a 17; S. Marcos, cap. VIII, vv. 27 a 30).

2. "Nesse interim, Herodes, o Tetrarca, ouvira falar de tudo o que fazia Jesus, e seu espírito se achava em suspenso - porque uns diziam que João Baptista ressuscitara dentre os mortos; outros que aparecera Elias; e outros que um dos antigos profetas ressuscitara. Disse então Herodes: "Mandei cortar a cabeça a João Baptista; quem é então esse de quem ouço dizer tão grandes coisas?" E ardia por vê-lo. (S. Marcos, cap. VI, vv. 14 a 16; S. Lucas, cap. IX, vv. 7 a 9).

3. "Após a transfiguração, os seus discípulos então o interrogaram desta forma: "Porque dizem os escribas ser preciso que antes volte Elias?". Jesus lhes respondeu: "É verdade que Elias há-de vir e restabelecer todas as coisas, mas eu vos declaro que Elias já veio e eles não o conheceram e o trataram como lhes aprouve. É assim que farão sofrer o Filho do Homem". Então seus discípulos compreenderam que fora de João Baptista que ele falara". (S. Mateus, cap. XVII, vv. 10 a 13; S. Marcos, cap. IX, vv. 11 a 13).

"A ideia de que João Baptista era Elias e de que os profetas podiam reviver na Terra está em muitas passagens dos Evangelhos, notadamente nas acima reproduzidas (n.º 1, 2 e 3). Se fosse errónea essa crença, Jesus não houvera deixado de a combater, como combateu tantas outras".

Ainda o Evangelho de S. João apresenta afirmação mais categórica do Cristo com referência à doutrina das vidas sucessivas: Ora, entre os fariseus, havia um homem chamado Nicodemos, senador dos judeus, que veio à noite ter com Jesus e lhe disse: "Mestre, sabemos que vieste da parte de Deus para nos instruir como um doutor, porquanto ninguém poderia fazer os milagres que fazes se Deus não estivesse com ele". Jesus lhe respondeu: "Em verdade, em verdade, te digo, ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo".

Disse-lhe Nicodemos: "Como pode nascer um homem já velho? Pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, para nascer segunda vez?"

Retorquiu-lhe Jesus: "Em verdade, em verdade, te digo: Se um homem não renasce da água e do espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do espírito é espírito. Não te admires de que eu te haja dito ser preciso que nasças de novo..."

Respondeu-lhe Nicodemos: "Como pode isso fazer-se? - Jesus lhe observou: "Pois quê! És mestre em Israel e ignoras estas coisas?"... (S. João, cap. III, vv. 1 a 12).

"Esta última observação do Cristo mostra bem que ele se surpreendeu não conhecesse um mestre em Israel a reencarnação, porque ela era ensinada como doutrina secreta aos intelectuais da época.

"Uma das provas que se pode apresentar é a de que existiam ensinos ocultos ao comum dos homens, e que foram compilados nas diferentes obras que constituem a Cabala.

"No ensino secreto, reservado aos iniciados, proclamava-se a imortalidade da alma, as vidas sucessivas e a pluralidade dos mundos habitados.

"Não há dúvida de que, sob o nome de ressurreição, o princípio da reencarnação era ponto de uma das crenças fundamentais dos judeus, ponto que Jesus e os profetas confirmaram de modo formal; donde se segue que negar a reencarnação é negar as palavras do Cristo. Um dia, porém, as suas palavras, quando forem meditadas sem ideias preconcebidas, reconhecer-se-ão autorizadas quanto a esse ponto, bem como em relação a muitos outros.

"A essa autoridade, do ponto de vista religioso, se adita, do ponto de vista filosófico, a das provas que resultam da observação dos factos. Quando se trata de remontar dos efeitos às causas, a reencarnação surge como de necessidade absoluta, como condição inerente à humanidade; numa palavra: como lei da natureza...

"Sem o princípio da preexistência da alma e da pluralidade das existências são ininteligíveis, na sua maioria, as máximas do Evangelho, razão por que têm dado lugar a tão contraditórias interpretações. Somente esse princípio lhes restituirá o sentido verdadeiro".


 

2.6. REENCARNAÇÃO E EVOLUÇÃO ANÍMICA

"Tomando-se a humanidade no grau mais ínfimo da escala espiritual, perguntar-se-á se é aí o ponto inicial da alma humana.

"Na opinião de alguns filósofos espiritualistas, o princípio inteligente, distinto do princípio material, individualiza-se e elabora-se, passando pelos diversos graus da animalidade. É aí que a alma se ensaia para a vida e desenvolve, pelo exercício, as suas primeiras faculdades. Esse seria para ela, por assim dizer, o período de incubação. Chegada ao grau de desenvolvimento que esse estado comporta, ela recebe as faculdades especiais que constituem a alma humana. Haveria assim filiação espiritual do animal para o homem, como há filiação corporal.

"Este sistema, fundado na grande lei de unidade que preside à criação, corresponde, forçoso é convir, à justiça e à bondade do Criador; dá uma saída, uma finalidade, um destino aos animais, que deixam então de formar uma categoria de seres deserdados, para terem, no futuro que lhes está reservado, uma compensação para os seus sofrimentos. O que constitui o homem espiritual não é a sua origem: são os atributos especiais de que ele se apresenta dotado ao entrar na humanidade, atributos que o transformam, tornando-o um ser distinto, como o fruto saboroso é distinto da raiz amarga que lhe deu origem. Por haver passado pela fieira da animalidade, o homem não deixaria de ser homem; já não seria animal, como o fruto não é a raiz, como o sábio não é o feto informe que o pôs no mundo".

"O sentimento da justiça absoluta diz-nos também que o animal, tanto quanto o homem, não deve viver e sofrer para o nada. Uma cadeia ascendente e contínua liga todas as criações; o mineral ao vegetal, o vegetal ao animal, e este ao ente humano...

" A alma elabora-se no seio dos organismos rudimentares. No animal está apenas em estado embrionário; no homem adquire o conhecimento, e não mais pode retrogradar. Porém, em todos os graus ela prepara e conforma o seu invólucro. As formas sucessivas que reveste são a expressão do seu valor próprio. A situação que ocupa na escala dos seres está em relação directa com o seu estado de adiantamento".

"A finalidade da alma é o desenvolvimento de todas as faculdades a ela inerentes. Para consegui-lo, ela é obrigada a encarnar grande número de vezes, na Terra, a fim de acendrar suas faculdades morais e intelectuais, enquanto aprende a senhorear e governar a matéria. É mediante uma evolução ininterrupta, a partir das formas de vida mais rudimentares, até à condição humana, que o princípio pensante conquista, lentamente, a sua individualidade. Chegado a esse estágio, cumpre-lhes fazer eclodir a sua espiritualidade, dominando os instintos remanescentes da sua passagem pelas formas inferiores, a fim de elevar-se, na série das transformações, para destinos sempre mais altos".

"No dia em que a alma, libertando-se das formas animais e chegando ao estado humano, conquistar a sua autonomia, a sua responsabilidade moral, e compreender o dever, nem por isso atinge o seu fim ou termina a sua evolução. Longe de acabar, agora é que começa a sua obra real; novas tarefas a chamam. As lutas do passado nada são ao lado das que o futuro lhe reserva. Os seus renascimentos em corpos carnais se sucederão...".

 

2.7. REENCARNAÇÃO E EVOLUÇÃO DO HOMEM

"Quando o espírito tem de encarnar num corpo humano em vias de formação, um laço fluídico, que mais não é do que uma expansão do seu perispírito, liga-o ao germe que o atrai com uma força irresistível, desde o momento da concepção. À medida que o germe se desenvolve, o laço encurta-se. Sob a influência do princípio vital - material do germe -, o perispírito, que possui certas propriedades da matéria, une-se, molécula a molécula, ao corpo em formação, donde o poder dizer-se que o espírito, por intermédio do seu perispírito, se enraíza, de certa maneira, nesse gérmen, como uma planta na terra. Quando o gérmen chega ao seu pleno desenvolvimento, completa é a união; nasce então o ser para a vida exterior".

"À medida que o espírito se purifica, o corpo que o reveste aproxima-se igualmente da natureza espírita. Torna-se-lhe menos densa a matéria, deixa de rastejar penosamente pela superfície do solo, menos grosseiras se lhe fazem as necessidades físicas, não mais sendo preciso que os seres vivos se destruam mutuamente para se nutrirem. O espírito acha-se mais livre, e tem, das coisas longínquas, percepções que desconhecemos. Vê com os olhos do corpo o que só pelo pensamento entrevemos.

"Da purificação do espírito decorre o aperfeiçoamento moral para os seres que eles constituem, quando encarnados. As paixões animais enfraquecem-se e o egoísmo cede lugar ao sentimento de fraternidade. Assim é que, nos mundos superiores ao nosso, se desconhecem as guerras, carecendo de objecto os ódios e as discórdias, porque ninguém pensa em causar dano ao seu semelhante. A intuição que seus habitantes têm do futuro, a segurança que uma consciência isenta de remorsos lhes dá, fazem com que a morte nenhuma apreensão lhes cause. Encaram-na de frente, sem temor, como simples transformação.

"A duração da vida, nos diferentes mundos, parece guardar proporção com o grau de superioridade física e moral de cada um, o que é perfeitamente racional. Quanto menos material o corpo, menos sujeito às vicissitudes que o desorganizam. Quanto mais puro o espírito, menos paixões a miná-lo. É essa ainda uma graça da Providência, que desse modo abrevia os sofrimentos".

http://www.espirito.org.br/portal/cursos/cbe-adep/caderno06-reencarnacao.html
 





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* Núcleo Espírita Universitário