MINHAS MEMÓRIAS

Olá tudo bem? Quem é?

Sou eu sua mãe, irmã, avó, tia, alguém que faz parte de sua vida, na verdade nem eu mesma sei que sou eu.

Pois já faz algum tempo, talvez semanas, meses, dias, ou anos que não comparti-lhamos algo.

Poxa é verdade. Mais e aí como vai você?

Vou indo, um pouco cansada, há isso é normal, decepcionada há isso faz parte um pouco triste, fica não tudo passa faz parte da vida. Puxa ando tão ocupado que nem percebi que estava tão ausente. Mais já que perguntou deixa eu te falar há muito queria sentir seu abraço, olhar nos seus olhos.

Mais nossos contatos são pelos watts, pelo telefone, pois falta-lhes tempo, com tudo isso estamos nos distanciando porque será? De quem é a culpa?

Quem sabe do tempo, os compromissos, das minhas lamúrias, da falta de paciência, de interesse, ou quem sabe da vida. Sempre haverá desculpas para supri a ausên-cia.

Nossa a quanto tempo, não escuto sua voz, não ouço seus sorrisos, não sinto sua presença.

A tá bom é só isso entendi.

Minha memória vem e vão lembra-se de como nos reunimos para os almoços de famílias, sem precisar de datas especiais, como natal, aniversário, dia disso ou da-quilo.

Há tempo bom!

Éramos felizes, jogávamos conversa fora, ríamos, tocávamos, olhávamos com cari-nho e amor.

Casa cheia, crianças correndo, ok mais onde quer chegar?

Estas minhas memórias, teimam em falhar é que tenho notado que estás tão longe, a modernidade, a tecnologia esfriou ou relacionamentos pois tudo é feito através de uns simples toques, até um eu te amo vem por uma tela.

Sim é mais rápido e prático, mais fale logo estou ficando com sono, como sabe sou muito ocupado, agenda cheia, muitas decisões senão deixa esta conversa para de-pois.

Ok quem sabe qualquer hora a gente se esbarre de novo.

Quem sabe num hospital, festa, ou até num funeral.

Nossa como é você é dramático, isso é falta de ocupação, de amigos.

Sabe de uma coisa talvez tenha razão, estou dando muita importância para minhas memórias, as boas recordações, a saudade que sinto de você, casa cheia, dos sorri-sos, da mesa repleta, da fartura de alegrias, dos momentos que passávamos juntos.

Mais valeu pelo papo agora sou eu quem estou com sono, um abraço, até qualquer dia.

Há sim só mais uma coisa que preciso disser, talvez não tenha muito tempo, pois ando meio esquecido, como disse minha memória vai e vem. Mais de uma coisa tenha certeza sempre te amei, e te amo, procurei dar o meu melhor, talvez não da forma que você quisesse, mais que eu sabia e podia.

Mais isso agora não tem mais importância, onde estávamos mesmo.

Quem é você mesmo?

DENISE MELO