Como surgiu o nome “Israel”?

Embora a etimologia da palavra “Israel” tenha sido soterrada pelas versões que tentam engrandecer as mitologias Bíblia; e o nome “Israel” seja mencionado 2500 vezes na Bíblia, a palavra “Israel” não é um nome unívoco; pois só o respectivo contexto define o conceito exato, do nome Israel, que tanto lembra o reino de Judá; como um povo; um País; uma comunidade religiosa; o nome do Estado fundado em 1948; etc.

Apesar da palavra “Israel” (sem adjetivos), só ter começado ser usada após a fundação do Estado de Israel. O registro histórico mais antigo da palavra "Israel" ser de aproximadamente 3.200 anos atrás; e se referir a uma Estrela egípcia, que foi documentada durante uma campanha militar em Canaã...

Os religiosos insistem que a palavra “ISRAEL” tem origem na luta sobrenatural de um idoso humano com o “Anjo” do Deus Javé...

A versão mais conhecida sobre a origem da palavra “Israel” é a do Gênesis 32.28, onde “Israel” seria o nome que o Deus Javé teria dado ao idoso Jacó (com 97 anos), quando Jacó lutou a noite inteira contra um anjo...

"E então disse Deus, Não te chamarás mais Jacó, mas sim, Yis-ra'el"...

Pois para convencer que o patriarca Jacó interagia com o Deus dos hebreus, a Bíblica relata que, o nome “Israel” significa “Aquele que luta com Deus”, o Contendedor ou o Perseverador...

A lenda em tela teria “ocorrido” na noite em que Jacó cruzou o “Vale da torrente do Jaboque”, indo ao encontro do seu irmão Esaú, sendo que o idoso Jacó teria lutado uma noite inteira com o que se revelou ser um Anjo de Deus...

Devido à persistência de Jacó durante a luta, Deus mudou o nome de Jacó para “Yis-ra'eI”; e Jacó passou a chamar o lugar onde à luta teria ocorrido de “Peniel”.

Existem várias versões sobre como o nome “ISRAEL” foi inventado.

E no livro "The Christ Conspiracy, The greatest story ever sold", uma crítica histórica às origens do cristianismo, o escritor Acharya S (que é o pseudônimo de D.M. Murdoch), mostra que a palavra “ISRAEL” é um ACRÓSTICO, (acrósticos são palavras formadas pela união das primeiras letras de nomes), pois o nome ISRAEL foi criado reunindo as letras iniciais das antigas divindades solares: ISIS, a mãe-Deusa da Terra; RA, o Sol Deus egípcio; e EL, o Deus semítico Saturno.

I- Isis é uma homenagem a Deusa mãe suprema.

S- Saturno é o Deus da agricultura, e em hebraico era chamado de Shabbathai.

Ra- É o Deus Sol.

El- Se refere ao Deus El, um Deus sábio, idoso, guerreiro e o patriarca dos deuses.

Outra versão para o nome “ISRAEL” seria o acróstico onde a primeira letra do nome dos 5 patriarcas hebreus: I=ISAAC, S= SARA, R= RAQUEL, A= ABRAÃO, e L= LEVI foram juntados, e se formou o nome “ISRAEL”.

Antes dos hebreus, os Fenícios, (que na versão grega se chamavam Cananitas), já adoraram o Deus El, que era o pai de todos os deuses.

E como Israel antigamente se chamava Eretz Israel, Sião ou Judéia, fica provado que o nome “Israel” ou "Issar-El" tem origem em línguas extintas, como o ugarítico e o hebraico antigo.

Como um dos ramos genéticos mais antigos dos povos hebreus, que viviam a cerca de 3.500 anos atrás e vieram do Egito, são os “Cohanin” ou “Kohanim”.

Na composição da Bíblia foram usados textos javistas e eloístas; e através da Sêfer Torat Cohanim (“Livro dos Sacerdotes”) e do “Livro de Vaicrá” (ELE CLAMA), que na Bíblia cristã equivale ao Levítico; se tentou corrigir os erros existentes.

Até porque no hebraico antigo não existam vogais.

Na estratégia de dar sentido aos 40 anos da escravidão babilônica; para engrandecer Javé; para criar um sentimento de unidade; para evitar que a Torá Oral fosse esquecida; porque o que se estudava em cada Beit Midrash estaria sendo perdido; porque os judeus estavam se espalhando pelo mundo; e porque durante os 40 anos do cativeiro Babilônico, os cerca de 300 mil judeus assimilaram diversas crenças dos que viviam na Babilônia...

Em torno de 538 a.C. (quando houve a transposição da Versão Jeovística da Bíblia para a versão Sacerdotal), os sábios judeus decidiram escrever o que era estudado nos Beits Midrash. E foi dessa forma que a Mishná foi escrita como uma Epopéia, e se investiu na versão de que, “Os judeus seriam o Povo escolhido de Deus”.

Desde os tempos imemoriais os israelitas foram humilhados, massacrados ou obrigados a viver em permanente estado de alertas; pois durante a era religiosa a Palestina não foi a “Terra prometida que jorra leite e mel”, a terra da fraternidade ou um local de Paz...

Mas sim, um eterno campo de batalha, adubado com o suor, as lagrimas e o sangue dos que foram massacrados por conquistadores, se agarram as mitologias religiosas, ou foram embromados por “profecias”.

E onde o simples retornar para casa ileso já seria um “milagre”.

Israel é menos de 0,1% da raça humana. Na verdade, nem se deveria ouvir falar a acerca dos judeus. No entanto Israel esteve e está no palco das atenções do mundo...

O povo judeu tem tanto destaque no planeta quanto qualquer outro povo, e a sua importância é exageradamente desproporcional à pequenez de seu tamanho, pois as contribuições dos judeus na literatura, na ciência, na arte, na música, nas finanças, na medicina e na erudição são desproporcionais ao seu número reduzido...

Os egípcios, os babilônios e os persas surgiram, encheram o planeta de barulho e esplendor, e então murcharam e desapareceram.

Os gregos e os romanos vieram logo após, provocaram um alarido imenso, e se foram...

Já os judeus presenciaram a passagem de cada um desses povos, sobreviveram a todos eles,inclusive ao Hitler, e hoje são um das Nações mais desenvolvidos...

Em toda a história mundial, jamais houve algum povo que após ter sido exilado da sua terra, e ter perdido o seu idioma, retornou à sua pátria original, e revivificou a sua antiga língua (já considerada como extinta no planeta).

Nenhuma Nação, exceto Israel conseguiu tal façanha.

Geograficamente falando, Israel é um ponto estratégico que liga por terra a África com a Ásia, e quem dominar essa região determinará os ditames econômicos do Oriente!

Lisandro Hubris