O descanso de Deus

“Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vos o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para vossa alma. Porque meu jugo e suave, e o meu fardo e leve.” Mt 11:28-29

“Portanto resta ainda um descanso para o povo de Deus.” Hb 4:9

Estamos vivendo a era do trabalho. O tempo não é de descansar, mas de trabalhar duro. A igreja está na vigésima quarta hora, do sexto dia de realização da obra do Senhor. O tempo está cumprido. Faz mais de dois mil anos terrenos que Jesus nos disse a respeito disso, conforme o registro do evangelista Marcos.

Depois de João ter sido preso, foi Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus, dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho, Mc 1:14-15.

Aguardamos com ansiedade o momento em que a Igreja será arrebatada. Sabemos que o dia já chegou e que estamos vivendo os tempos finais. E que a qualquer momento, esse acontecimento terá lugar. É assim o ensinamento paulino aos coríntios e aos tessalonicenses:

Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados, 1 Co 15:51-52.

Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor, 1 Ts 4:16-17.

A partir desse arrebatamento, chamado primeira ressurreição, estaremos para sempre com o Senhor. Iremos para o céu, voltaremos com ele novamente à Terra. Iremos, voltaremos... Não importa mais o que vamos fazer a partir do arrebatamento. O que interessa é dali em diante não haverá mais tristeza, nem dor, nem lágrima. Estaremos para sempre desfrutando do descanso de Deus. Já estaremos habitando em uma daquelas moradas que Jesus foi preparar para os seus discípulos, conforme o registro em Jo 14:1-3 e em Apocalipse 21:4.

Não se turbe o vosso coração; credes em Deus , crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E quando eu for e vospreparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também, Jo 14:1-3.

Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram, Ap 21:3-4.

Então é assim... Nós estamos aguardando o momento do arrebatamento, que também corresponde ao momento de nossa entrada no descanso de Deus. E esse evento pode acontecer a qualquer instante, o que exige de nós uma vigilância constante, para não ocorrer de estarmos desconectados da videira no momento exato da vinda de Jesus para nos buscar (Jo 15:6), como aconteceu com as virgens néscias, na parábola contada por Jesus, registrada em Mt 25:1-13.

As néscias foram para o encontro com o noivo levando lamparinas sem querosene, lâmpadas sem azeite, carro sem combustível. Quando se deram conta da necessidade do óleo, foram comprar. Todavia, quando regressaram para o encontro com o noivo, já era tarde demais. Ele já havia entrado para as núpcias e... Ele não reconheceu aquelas virgens como esposas. As suas noivas deveriam estar preparadas e aguardando a sua vinda. Aquelas não estavam e, portanto, não poderiam ser suas noivas. Dessa forma, o conselho do Senhor é no sentido de que estejamos sempre preparados, sempre prontos, sempre alertas e sempre vigilantes. Diz ele:

Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora, Mt 25:13.

Nesse sentido, nós estamos aqui hoje trabalhando com dois objetivos. Primeiro, para estarmos completamente envolvidos com o Senhor, na realização de sua obra. Estando no meio do seu povo, trabalhando juntos para concluir essa missão, não estaremos omissos, não estaremos fazendo coisas erradas, não estaremos falando mal do próximo. Pelo contrário, estamos orando e pedindo o melhor para todos. Desse modo, quando ele vier, haverá de nos encontrar no “pé do eito”, labutando dia e noite, atentos aos seus comandos e orientações, fazendo o que ele manda.

Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando, Jo 15:14.

Então certamente seremos recebidos por ele em seu descanso.

A segunda razão para estarmos trabalhando hoje é que nós não pensamos apenas em nós. Pensamos também em nossos irmãos, os quais, da mesma forma que nós, também foram escolhidos para serem salvos antes da fundação do mundo. E estão apenas aguardando a voz do Senhor, esperando que ela seja anunciada, para que possam segui-la e também participar da primeira ressurreição, do arrebatamento e, assim, se livrarem dos rigores da grande tribulação. E nós somos a voz que leva a voz do bom pastor, daquele a quem as suas ovelhas ouvem e seguem. Assim, trabalhamos por esses irmãos que ainda não conhecemos, mas que serão conhecidos porque ouvirão a voz do bom pastor quando ela se manifestar por meio de seus servos (Jo 10:1-4).

Nós não desistiremos de nossa missão enquanto vivermos. Nossa esperança é poder louvar ao Senhor muitas vezes por havermos encontrado mais uma de suas ovelhas, criteriosamente escolhidas antes da fundação do mundo (Ef 1:13).

Que assim seja. Amém! Amém!