Compra de um amor - Oitavo capítulo

-Gabi, é você mesma?

-Sim. sou eu rs.

-Você esta ainda mais bonita!

-Você também esta muito bonito!

-Temos muito o que conversar Gabi, a que horas deixa seu trabalho?

-Trabalho até as 23:00 horas.

-Vou esperá-la.

-Se quiser pode voltar mais tarde.

-Não. Vou esperar você aqui.

Mais tarde...

-Pronto, já estou liberada.

-Gabi, o que aconteceu? Você saiu do convento?

-Sim, a alguns dias.

-E porque tomou esta decisão?

-Como assim? Você não leu as minhas cartas?

-Que cartas? Em três anos você me mandou apenas uma carta.

-Não Ricardo, enviei várias.

-Você escreveu apenas uma falando de sua decisão em permanecer no convento.

-Essa foi a primeira, algum tempo depois escrevi outra dizendo que havia mudado de ideia e que não era o que eu realmente queria.

-Não a recebi.

-O que pode ter acontecido?

-Talvez tenha extraviado, ou...

-Ou o que?

-Nada não, deixa pra lá.

-O fato é que depois que mandei a primeira carta para você, meu coração não ficou em paz, passei vários dias com uma sensação terrível de perca.

-Verdade?

-Sim, então conversei muito com uma amiga, irmã Cida e ela me aconselhou a não desistir de você.

-Sério meu amor?

-Então fiquei dias em retiro espiritual, mas como você não me respondeu, achei que fosse um sinal e decidi ficar.

-Mas então?

-Durante todo o tempo não consegui tirá-lo da cabeça e do meu coração, percebi que seria em vão tentar esquece-lo e a quase um mês tomei a decisão.

-E decidiu abandonar o convento por mim?

-Sim, aluguei um quarto em uma pensão e consegui esse trabalho.

-Ontem estive aqui, vi você, mas pensei que fosse ilusão criada pela imensa vontade de revê-la.

-Porque não falou comigo?

-Porque achei que fosse engano minha querida, não imaginei que pudesse ter deixado o convento, não depois daquela carta.

-Você desistiu de mim?

-Respeitei sua decisão, mas se tivesse lido a outra carta, teria vindo voando encontrar você.

-O importante é que estamos aqui.

-Sim, mais fala, o que dizia a segunda carta?

-Dizia que estava enganada, que a vontade de tornar me freira tinha sido apenas no primeiro momento, que não era o futuro que queria para mim, pois havia constatado o que eu já sabia, mas não queria aceitar, estava completamente apaixonada por você.

Ouvindo isso, Ricardo não mais se conteve, tomou Gabi nos braços e a beijou.

-Meu amor! Quanto tempo esperei por este momento.

-Eu também meu amor!

-Eu te amo Gabi, quero casar com você.

-A partir de agora teremos tempo para nos conhecer e viver o nosso amor.

-Sim.

-Agora preciso ir, não posso chegar muito tarde, não quero que a Dona Zélia tenha má impressão de mim.

-Tá bom minha querida, vou levá-la para casa.

Depois...

-Até amanha meu anjo!

-Até.

...e deram um beijo de despedida.

Gabi – Vou sonhar com você.

Ricardo – Esta noite não vou dormir.

No dia seguinte no café da manha...

-Família, hoje é o dia mais feliz da minha vida!

-Porque, o que aconteceu de tão bom mano?

-Eu reencontrei a Gabi.

-Sério? Onde?

-Numa lanchonete no centro da cidade, está trabalhando como garçonete.

-Ela deixou o convento filho?

-Sim meu pai, deixou por mim, pelo nosso amor.

-Me da um abraço filho.

-E o que pretende fazer Ricardo?

Perguntou Marina.

-Pretendo namorar, noivar, casar minha mãe, a amo e não vou ficar mais nem um dia longe dela.

-E a Vanessa Ricardo?

-Mãe, quantas vezes vou ter que dizer que não tenho nada com a Vanessa?

-Filho, convida a Gabi para jantar conosco na folga dela.

-Eu não concordo com isso Rogério.

-Mas porque mãe? A Gabi vai ser sua nora.

-Cala a boca Mônica. Nunca escondi que não gosto desta garota e não quero nenhum tipo de envolvimento com ela.

Ao terminar suas palavras, Marina deixou a mesa.

-Não liga não filho, até a folga da Gabi a gente convence ela.

Na casa de Gustavo...

-Bom dia mãe! Bom dia pai!

-Bom dia Vanessa, precisamos conversar.

-Sobre o que?

-Sobre sua perseguição ao Ricardo.

-Do que seu pai está falando Vanessa?

-Pai, eu e o Ricardo estamos nos entendendo.

-Não estão, ele não gosta de você e você sabe disso.

-Claro que gosta, só não sabe ainda.

-Isso não é brincadeira, não quero que continue correndo atrás dele esta entendendo?

-Corta essa pai.

-Senta nessa cadeira, não terminei de falar.

-Ah tá bom! fala.

-Não vou ser condescendente com suas atitudes Vanessa, não conte comigo.

-Não estou pedindo sua ajuda.

-É melhor que não.

-Gustavo não fala assim, se ela gosta do Ricardo, temos que apoia-la.

-Acontece que ele não a corresponde Clarice, além do mais já ouvi por alto que tem fixação por uma garota que conheceu em Lima Verde.

-Essa Garota não é a que veio para o convento?

-Sim, mais isso não vem ao caso, o fato é que o Ricardo não gosta da Vanessa e eu não concordo que ela fique perseguindo ele.

-Seu pai tem razão Vanessa, não pode ficar se humilhando assim, se de o respeito minha filha!

-Tá bom! Já terminaram o sermão?

-Presta bem atenção porque não vou falar outra vez Vanessa, se decidir seguir por esse caminho vai se dar mau e eu não vou apoiar você.

-Tá bom pai, já deu seu recado.

No fim da tarde...

-Chegou mais cedo Ricardo? E seu Pai?

-Ficou revisando um processo, vim mais cedo porque preciso conversar com a Sra.

-E pela sua cara não é um assunto agradável.

-Não é mesmo.

-Olha, se for falar da Gabi nem comece, não quero saber nada desta história.

-Sim é sobre ela.

-Não venha pedir para eu servir de empregada fazendo jantarzinho.

-Quanto a isso não se preocupe.

-Então o que é?

-O que fez com as cartas que a Gabi mandou para mim mãe?

No próximo capítulo...

Ricardo enfrenta Marina.

JESUS CARLOS ROCHA
Enviado por JESUS CARLOS ROCHA em 20/06/2017
Reeditado em 27/06/2017
Código do texto: T6032775
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