TEACHER V - ANIVERSÁRIO DE CASAMENTO - CAP. 11

ANIVERSÁRIO DE CASAMENTO – Capítulo 11

Rupert comeu dois pedaços e ficou satisfeito. Deitou-se na cama, encostado num travesseiro e ficou assistindo Laura devorar o terceiro pedaço.

- Não gostou? – ela perguntou.

- Adorei, mas você, hein? Benza Deus!

- Adoro bolo de chocolate, falou ela, lambendo os dedos.

- Não convém exagerar, garota. Quero e sei que você vai crescer mais um pouquinho, mas não quero ficar sem poder dormir com você na mesma cama.

Laura bateu nele de leve e o beliscou, fingindo zanga. Rupert riu. Ela limpou os dedos sujos de bolo num guardanapo e deitou-se sobre ele. Rupert abarcou sua cintura, sentindo-a.

- Está ficando redondinha, já.

- Quatro meses...

- Você está linda! Mas... escuta, aquele... descanso geral... é geral mesmo? – ele perguntou com ar maroto.

Ela riu, sabendo a que ele estava se referindo.

- Mais ou menos...

- Pode?

- Hum... Meu médico disse que pode... e não pode.

- Pode e não pode? Quer dizer... a gente faz... e não faz? Não entendi. Acho que essa aula de Educação Sexual eu não assisti.

Laura riu muito.

- Para, Rupert!

- Olha, pra quem já está a quase um ano casado... do jeito que nós estamos, nove meses ou sete ou seis meses de gravidez em jejum não vai ser nada. Já me acostumei com o celibato.

Os dois riram muito e quando pararam, ficaram olhando um para o outro em silêncio por algum tempo. Rupert acariciou o rosto dela e disse:

- Ficaria séculos só olhando pra você, sabia?

- Apaga a luz... Dá pra ver melhor no escuro. Eu tenho alguma experiência nisso... disse ela, colocando a mão por baixo da camiseta dele.

- É mesmo? - ele sorriu e obedeceu, apagando o abajur. – Posso... experimentar?

- Deve...

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No dia treze de junho, uma segunda-feira, Laura foi logo cedo para a casa de Rupert e ficou com seo Régis, preparando o almoço.

Ele já sabia que ia ser avô e passou muito tempo conversando com a nora sobre quando a mulher estava grávida de Rupert. Laura ouvia tudo com atenção e gostava de ouvi-lo. Apesar de tudo, Régis tinha muito que dizer.

Enquanto isso, na faculdade, Rupert fazia a última prova de Inglês do semestre, com Carla, que havia ficado com as aulas da amiga durante a sua licença. Carla percebeu que Rupert estava tenso durante a prova e, ao final, quando ele lhe entregou a prova, ela falou com ele em voz baixa.

- Algum problema, Rupert?

- Não, Carla, a prova até que estava fácil. É que... eu queria te fazer um convite.

- Um convite? – ela perguntou, sorrindo.

- É. Eu nem sei como te pedir isso, mas... queria que você fosse minha madrinha de formatura.

- E é só por isso todo esse nervosismo?

- É que já espalharam tanta coisa sobre mim por aí que... nem sei o que você pensa disso tudo.

- Eu não tenho que pensar nada. Sou sua professora, substituta da Laura, e estou encantada com o convite. Pode contar comigo. Aliás, eu vou até a casa dela no sábado fazer uma visitinha que há muito tempo ando prometendo pra ela, desde que saiu de licença. Tem algum recado?

- Não... só... diga a ela que estamos todos morrendo de saudade, eu e todo o Quarto T.I..

- Está bem, eu digo. E obrigada pelo convite.

- Obrigado eu por aceitar.

Quando chegou em casa para almoçar e a encontrou na cozinha, abraçou-a, surpreso. Ela estava na pia, temperando uma salada de alface.

- Você não falou que vinha, ele disse, abraçando-a pelas costas e beijando o alto de sua cabeça. – Eu ia passar na sua casa à noite pra comemorar nosso aniversário de casamento, mamãe.

- Mas não foi por sua causa que eu vim, papai.

- Ah, não?

- Foi por causa do seu pai, novo paquera meu.

- Ah, é? – falou ele, olhando para o pai que sorriu, bonachão, sentado à mesa descascando laranjas para comerem após o almoço. – Me traindo, hein, coroa?

Rupert se aproximou dele e beijou sua testa.

- Pena que eu não vou poder ficar... tenho muito trabalho na oficina hoje.

- Eu sei. Seu prato está pronto no fogão. Vou ficar aqui, hoje, ela disse.

- Maravilha! Vou tomar um banho... pra depois ficar sujo de graxa novamente. Não vejo a hora de sair dessa oficina...

- Isso logo acaba, filho, disse Régis. – Quando meu neto nascer, isso acaba.

- Se Deus quiser, pai.

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Welcome to my dreams...

CAPÍTULO 11

Velucy
Enviado por Velucy em 12/11/2017
Código do texto: T6169789
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