PREÇOS DA VIDA

Deus meu, aqui é uma criatura da humanidade. O Senhor delineou as fronteiras entre o céu e o não céu. Quem demarcou as tênues divisas entre a sanidade e a loucura?

Definiu duas certezas apenas para os que sobreVIVEM: nascerão e SERão felizes; morrerão tendo sido...

E entre um e outro ato... mais atos: farão e acontecerão. Para concebermos descendentes, contribuímos com a explosão demográfica - a Terra não aguentará por muito tempo a geométrica progressão.

Para termos a mesa farta, sofremos o remorso pela fome no mundo. O bom é que diz a ciência: a solução está nos países com fundos - Isso é, São, mas é irreal!

Se para vermos a grandeza dos mares, temos que reconhecer a nossa fragilidade.

Se para fitarmos a imensidão aparentemente vazia, apesar das inúmeras estrelas, temos que ter consciência de que não estamos sós dentre as várias moradas.

Se para sabermos das conquistas, dos altares, dos sifrões, das assembleias, acabamos por confundir os limites dos egos.

Para produzirmos; matamos. Sim... porque soube há pouco: somos o câncer da Terra! Porque também exploramos, consumimos, desrespeitamos, reproduzimos. Alguns dizem: Reposição, já! que burra ideia. Isso é ser Louco! Necessitaríamos ser deuses.

Então, Grandioso Deus: tô na fila... eu sei, assim como tudo e todos estão nessa peia, mas me diz: Tá longe ainda a minha senha?

Espero que sim. Preciso de tempo para tentar reverter algumas coisas... ao menos as que são possíveis, a fim de pagar pelo muito recebido e pouco valorizado; pelas muitas chances de evolução, mas pouco aproveitada.

Marisa Silveira Bicudo
Enviado por Marisa Silveira Bicudo em 27/09/2014
Reeditado em 29/03/2016
Código do texto: T4978780
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