Filme trágico;

Lá estávamos nós novamente

Tão presos quanto no inicio, em inspirações de verdade e buscas de compreensão

Eu como todo mocinho de filmes trágicos, com lágrimas nos olhos tentava explicar que eu deveria dizer adeus, que o ponto em que o fim se desenlaça é tão natural quanto o ponto em que nos vemos presos por ideais românticos e cegamente proferimos promessas que jamais poderíamos ver realizadas.

Você como toda heroína de filmes trágicos, usava de todo os seus subterfúgios e eloqüência para me fazer ver, o quanto ideal eu seria para sua vida, e que os nossos sonhos são visões reais de um futuro tão próximo e tangível quanto nosso amor, proferido diversas vezes por ambas as partes, e o quanto o adeus romperia nossas almas tão firmes e tão frágeis, que esse seria o maior revés que poderíamos cometer perante todas as nossas promessas de idealização.

Mas como eu poderia prosseguir preso aqui, a ela, como eu poderia ser egoísta o suficiente para pedir para que ela deixasse sua vida assim por mim, retirar suas esperanças de uma vida plena, normal, como eu poderia amá-la e pedir para que abrisse mão de seus direitos naturais, como eu poderia?

Espero que qualquer dia, ela possa entender, que possa compreender o adeus nesse momento, não será a morte do meu amor, mas a prova de que a amo completamente para deixá-la, deixá-la com toda a felicidade que poderia encontraria longe de mim, felicidade o suficiente para mante-la inteira, esperar que qualquer dia como qualquer filme trágico ela entenda.

Mas não hoje, não essa noite, pois essa noite não terá vencedores

Nenhum de nós esta pronto para realmente ceder.

Vini Miranda
Enviado por Vini Miranda em 15/07/2009
Reeditado em 15/07/2009
Código do texto: T1700607
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.