Palavras, palavras, palavras...

Palavras, palavras, palavras...

Agulhas penetrantes, pontiagudas perfurantes

Navalha afiada, fio da espada!

Tatuagem sombria... Neblina na noite fria

Que repousa nos solitários bancos das praças...

Bala de prata num coração inocente

Embora passado, permanece presente

Dilacerando a alma da gente... Que sente... Que sente...

Curva na estrada... Cilada... Emboscada!

Flecha lançada... Zarabatana!

Escrava alforriada que se lança à liberdade para ferir... Machucar...

Sem dó... Sem piedade...

Deturpam a verdade! Lambem a honra,

Rondam a cidade com todo seu furor...

Cárcere de monstros que sugam a fé e cospem a maldade

De uma palavra mal dita... Nunca se sente saudade...

Pior que as trevas nos olhos de um cego... São as palavras de um néscio...

Rose Sousa
Enviado por Rose Sousa em 11/04/2010
Código do texto: T2191137
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