Entre quatro paredes.

Entre quatro paredes me encontro. Fico sozinho e sou capaz de criar as loucuras da minha vida como se fossem coisas normais.

Paredes azuis, contrastadas com o móvel rústico quase amarelo, uma mesa onde a química, a física, a matemática e demais disciplinas se fazem presentes, uma montanha de livros e bem ao lado, um criado mudo.

Um criado onde dentro das gavetas guardo meus dicionários, meus textos, quase minha vida...

Deito na cama e quando me olho, estou pensando em algo que aconteceu ou que deveria ter acontecido. Noto o mural de idéias que é meu quarto.

Ouço um barulho longe, com a porta fechada me sinto sozinho e esse sentimento me faz melhor do que sou. Gosto quando fico “só” e sinto a adrenalina de ninguém poder estar comigo no quarto pelo menos por um instante.

Chega a ser excitante!

Bebo um pouco de água, encosto-me no travesseiro, pego um livro.

Leio.

O sono chega me arrebata mais rápido do que o esperado.

Reflito.

Durmo.

Sonho com as coisas mais inesperadas.

Tic-Tac! Tic-Tac!

Um novo dia!