USANDO O CONHECIMENTO DE SI MESMO ( "Conhece a ti mesmo e conhecerás os deuses")

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Hoje, ouvi esse papo de que estão inspecionando nossa vida através do jogo "Pokemon Go", isso me parece o discurso fanático de quem usa as redes sociais indevidamente, espalhando que o "pokemon go" é a besta do apocalipse. E os tais bestas somos nós, quando passamos horas e horas a fio, selecionando coisas boas no palheiro virtual. Todos nós que utilizamos as redes sociais o fazemos por querer ser conhecido mesmo e da maneira mais rápida e abrangente POSSÍVEL. Por que eu haveria de temer que saibam quem eu sou, talvez quando descobrirem, dirão-me, pois me acho uma pessoa boa e exemplar para todos! "Não te preocupes com os que não te conhecem, mas esforça-te por seres digno de ser conhecido." (Confúcio) Apesar de não jogar o "Pokémon Go" não tenho nada a esconder de ninguém...ESTUDE A MINHA VIDA PARA MELHORAR A SUA! Esse é meu lema!

Quando se tem consciência do passado diminui nossa vulnerabilidade frente às intempéries da vida. Que SERVENTIA TÊM O CONHECIMENTO E A SABEDORIA, SENÃO PARA SE CONHECER MAIS E MAIS? Dizem sobre o conhecimento trazer felicidade por revelar onde se pisa, mas acho que traz, sim, tristeza por ser esta a mãe da busca por uma saída. É difícil ter um olhar microscópico e tentar caminhar sobre seres vivos. Como não matar e não ser suscetível a morte na mesma proporção?

Os micro-organismos restantes, vivos por debaixo de nossos pés, têm muito a nos ensinar de tudo, mas como aprender deles se não os vemos, exceto se tivéssemos a ajuda de um microscópio, talvez. E também precisamos de olhares aguçados ao ver os macrosseres a partir de nós, inclusos. Sem dizer: fomos feitos um pouco menores que os Anjos! Porém, com a complexidade dos deuses! De um extremo a outro, dentro desta extensão ideológica, perambulo em busca de mim mesmo e só acho a dor do conhecimento e da responsabilidade: O bom desta conquista é que perdi o medo de morrer. Pois entendi a morte, como, ou senão pelo menos, a vida olhada da frente para trás: o revés do percurso. Quem vive morre e quem morre revive nas lembranças, cada um em seu círculo. Pensando nisso, cabe aqui a fala de Paul Valéry: "O problema do nosso tempo é que o futuro não é o que costumava ser". Também comenta a escritora Silvia Regina Costa Lima: "nossa visão deveria sempre ser larga e atenta para contribuirmos com o desenvolvimento ainda que soframos com isso e até se desenvolva um certo ceticismo e mesmo uma ironia fina... um modo de ver a vida meio solitário e desconfiado. É o preço a pagar! Omissão ou ingenuidade?