O "RABO PRESO" TEM UM ALTO PREÇO (O maior erro do ladrão é achar que todo mundo é otário, sendo ele o único...)

Era uma vez, eu, um professor que acreditava ter vivido todas as adversidades possíveis na escola. Mas, como um bom enredo de vida, sempre há espaço para surpresas. A mais recente veio na forma de uma "pegadinha" orquestrada por duas alunas do Ensino Médio.

Num dia comum, fui convidado por elas para uma visita rápida à biblioteca durante a aula. A desculpa: Mostrar-me um livro. Enquanto me ausentava, outras alunas aproveitaram a oportunidade para alterar as anotações em meu caderno de vistos, que havia ficado na sala de aula. Marcaram a favor delas, como se tivessem direito a algo que não haviam conquistado.

Um episódio semelhante ocorreu no Ensino Fundamental. Uma aluna do sétimo ano "A" subtraiu meu caderno de anotações de dentro da minha mochila enquanto eu escrevia no quadro. A surpreendi com o caderno nas mãos, como se estivesse abraçando o próprio Capiroto, ao se afastar da minha mesa.

No primeiro caso, percebi a diferença entre os "xis" que elas fizeram e as "cruzinhas" que eu costumava fazer para validar as tarefas bem cumpridas dos alunos honestos. A tonalidade da tinta da caneta também era diferente. Ao descobrir, decidi não fazer alarde. No segundo caso, recuperei o caderno com ameaças de reprovação, mas não a reprovei. Em ambos os casos, decidi não tomar medidas disciplinares. Afinal, quem sou eu para interferir no destino delas?

A classe, incrivelmente, fingiu que nada viu. Ninguém denunciou as culpadas. Talvez por medo, amizade, cumplicidade, não sei. Mas a passividade tem seu preço, e eu estava disposto a pagá-lo, junto com os omissos.

Como no comércio, onde o comprador só paga quando recebe o produto ou o serviço, deixei que levassem o produto do furto. A dívida ficou para elas pagarem ao tribunal universal. Não fui eu quem foi prejudicado, então, quem se sentir lesado que cobre justamente o que lhe pertence. E que a justiça seja feita.

Elas vão "comer, por duas vezes, o pão que o Diabo amassou". Primeiro, por terem enganado a si mesmas tentando me enganar. Segundo, por contarem para os outros seu plágio como indicador de esperteza. Se eu me mostrasse esperto demais, "nunca enganável", aliviaria seus sofrimentos, igualando-me a elas. E a lição não ficaria completa.

Esta, sim, é a função de um professor: não querer ser Deus, especialmente nesses casos. E assim, caro leitor, encerro esta crônica, refletindo sobre os acontecimentos que vivi e transmitindo a você uma mensagem impactante: a verdadeira sabedoria está em saber quando agir e quando deixar que a vida siga seu curso, pois cada ação tem uma reação, e cada escolha, uma consequência.

ALINHAMENTO CONSTRUTIVO

1. Compreendendo as Situações:

Comparação: Descreva as duas situações em que o professor teve seus materiais de trabalho alterados por alunos. Quais as similaridades e diferenças entre elas?

Motivação: Qual a possível motivação das alunas para terem agido dessa forma? O que as levou a acreditar que essa atitude seria vantajosa?

2. Reflexão sobre as Ações:

Reação do Professor: Explique a decisão do professor de não tomar medidas disciplinares nos dois casos. Quais os motivos que o levaram a essa escolha?

Consequências: Que tipo de consequências, a curto e longo prazo, as alunas podem enfrentar em decorrência de suas ações?

3. Atuação do Professor:

Papel do Professor: Qual o papel do professor em situações como essas? Como ele pode lidar com alunos que tentam se beneficiar de forma desonesta?

Ensinamento Moral: Que tipo de lições o professor espera que as alunas aprendam com essa experiência? Como ele pode contribuir para que elas reflitam sobre suas ações?

4. Discussão e Debate:

Compartilhamento de Experiências: Você já presenciou ou vivenciou algo similar em seu ambiente escolar? Como a situação foi resolvida?

Dilema Moral: O professor agiu da maneira correta? Como você teria lidado com essa situação? Quais fatores você consideraria ao tomar sua decisão?

5. Considerações Finais:

Visão Crítica: Qual a sua opinião sobre o comportamento das alunas? Como essa atitude se relaciona com os valores éticos e a formação de cidadãos responsáveis?

Aprendizado e Reflexão: Que lições podemos tirar dessa história? Como ela pode nos ajudar a lidar com situações desafiadoras no ambiente escolar e em outros contextos da vida?

Lembre-se:

Ao responder as questões, utilize exemplos concretos do texto para fundamentar seus argumentos.

Reflita sobre os diferentes pontos de vista e busque construir uma argumentação crítica e consistente.

Compartilhe suas ideias com seus colegas e participe de um debate construtivo sobre o tema.