Os amores do Amor!

Desde o primeiro amor: Olhos marejados de ternura, batimentos acelerados de paixão, mãos dadas, unidas como se fosse a última vez, o último dia e foi. Quando pude comprovar de meus olhares duvidosos que o amor realmente existia e estava ali, do meu lado.

E quando amei de novo e de novo e caí, ninguém a quem eu desejava estava lá pra me levantar e aprendi a esperar que os minutos transcorridos me dessem forças para levantar e ter a coragem de chorar por alguém que amei.

E todas as vezes, que mesmo não sendo por amor, fui calado, pra não ser o excluído, o anormal, só por amar alguém – que as pessoas achavam diferente. Todas as vezes que quis dar um grito de silêncio, um “basta!” para que eu pudesse estar ao seu lado, mesmo quando não havia mais esperança. Só havia o sentimento e mesmo assim não quis faltar aos teus olhos, mas...

O medo, sim. Ele muitas vezes me desencorajou ou fez isso ao outro e fiquei sozinho novamente, jogado ao relento, ao vento, indo sem direção alguma, sem objetivos ou mesmo pretensões. Livre pra voar pelo céu cinzento da solidão, quando só eu me amava verdadeiramente nas minhas poucas tentativas.

E a cada vez que amo de novo e mais e mais, vôo pelo céu deserto deixando minhas palavras de solidão, de dor de amor, eternizando – seja qual for o fim ou o começo -, o sentimento dos meus dias, tardes, noites, madrugadas ou mesmo um beijo que alguém dá somente por mera curiosidade.

E vou vivendo, pulando as lacunas que o amor deixa no meio do caminho. Vou procurando dar uma resolução a esses períodos apaixonados e apaixonantes. E vou vivendo e vou amando e vou sofrendo, reclamando as lágrimas que já perdi pro amor que mora dentro do meu peito.

Paulo Ricardo Pacheco
Enviado por Paulo Ricardo Pacheco em 10/02/2012
Código do texto: T3491195
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