Jogo perigoso

Cheguei até aqui e ainda há mais a subir, olho pra cima e vejo o topo tão longe e esta vida tão curta.

Me atirei de cabeça pronta pra me machucar, ainda estou voando, planando, campos verdes me esperam e a solidão de braços abertos sorri.

Não quero um remédio qualquer, quero o olhar de quem passa e me vê.

Não espero a hora acontecer, faço acontecer e a hora chega sem culpa, urgente.

Cada encontro uma busca, cada busca a certeza de quem quer continuar buscando.

De que me vale ganhar? Se meu adversário está dentro de mim?

As peças estão na mesa, o próximo passo pode ser fatal. Recuo, não posso dizer o que meus olhos gritam.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 27/07/2012
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