Tratado do Ser II
Posso acreditar ser nada, e desejar pouco. Mas, como posso me limitar a tão pouco, quase nada? E sendo nada, pouco me interessa ser inteiro e permaneço aflito porque sei que ser nada é de contra a minha natureza, pois sou algo que não sabe o que é, e disto não posso fugir.
Posso acreditar ser grande, e ser tudo. Porém, se em massa, comparado com as grandes coisas que conheço, sou pequeno. E em alma, mesmo que desconheça sua extensão, sinto-a presa em meu corpo. Reduzindo-a ao seu tamanho, ou talvez menos que isso.