já sabe de cor.
Se a lua tivesse mãos, escreveria o que há de mais profundo, pois quantas declarações de amor já não foram ditas em sua presença e quantos choros de solidão já não sabe de cor.
Se a lua tivesse boca, cantaria a mais lhana melodia, pois quantas serenatas já não foram tocadas em sua presença e quantas discussões já não sabe de cor.
Se a lua tivesse corpo, dançaria a mais impactante coreografia, pois quantos pulos de alegria foram dados em sua presença e quantos atos violentos já não sabe de cor.
Se a lua gozasse da plenitude da vida, devido à sua experiência, de certo saberia que não há amor que não valha a pena, pois este é o único texto, canção e dança capaz de evitar a solidão, discussão e violência.
Se a lua, então, pudesse escolher, refletiria a luz daquele quem pratica o amor, pois é deste que o brilho maior provém, aquele que esta lição já sabe de cor.