Singeleza abençoada

Desanuviou-se entre os montes a fermata engrandecedora do poente, imbuído de ternura natural, o permanecer do portal entre os raios do sol e as estrelas. Colores o céu de turquesa, lilás, salmão e um pouco de laranja, tornas-te uma aquarela bendita, um esmero ao nosso olhar, és o esplendor do arrebol.

Conte um conto com encanto, concilie a vida e a plenitude, o ar fresco e a sonoridade dos pássaros, estás em comunhão a natureza e a paz. Perscrutam tuas pegadas na estrada, e a terra fofa fazem um adorno e modelam teus pés em características intrínsecas e exclusivas somente por ti.

Soprando o vento empurra com galeio entre as folhas sorrateiras, e a água mantem os acordes da sinfonia da Mãe, entre os flutuantes bastões e as gramas que margeiam o rio, tens o torrente de sonhos, entre as singelas decorações que o inúmero aglomerado de rochas que sombreiam o vale, encontra-se despido de tuas ironias e concupiscências, está nu da maldade da sociedade e inspira o ar de liberdade.

A escuridão que abocanha os campos presumem um rito de silencio, instaura o brilho estrelado e reflete a nós o milagre do espaço, sente-se entre o capim e admire a grandeza das massas, gases, as cores e milhares de estrelas que bruxuleiam sutilmente e quando perceberes pode ser que uma cadente brilhe no céu e tu faças um pedido.

- Marcos Leite

Folheto Nanquim: http://www.folhetonanquim.com/2013/08/singeleza-abencoada.html

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