SORTILÉGIO!

Meu amuleto é o supremo das religiões

É a natureza, o preservativo dos malefícios,

das minhas medalhas...

As chaves que abrem portas.

Direcionando-me em dias de festa ou o

que resta dessa vida.

A palha da cana, meu telhado de palha!

Minha casa protegida dos intemperes

E o meu coração livre das adagas ou as

línguas e pensamentos dos astuciosos!

Dos quem degustam da mesma comida...

Salve esse tempo e o mundo!

Salve as restas e os passos que me resta

Aquelas que me leva a trilha do sol,

aquele que decifra os meus balangandãs.

Salve o equilíbrio dos meus afazeres

Salve o meu equilíbrio diante de ti!

Salve o meu destino!

Que minha penitência seja a escrita

no meu caminhar.

E quando te encontrar, que o tempo nos leve

em carruagem guiada por cavaleiros do Rei

ou em gôndola manobrada por anjos

nas águas das ruas de Veneza.

Sorrindo, pois quem confia em Deus não

podia ser diferente o seu destino.

Escrito em 23 de outubro de 2013, por Orlando Oliveira.