Após escutar o JN destacando o depoimento da ex-namorada do copiloto o qual derrubou um avião alemão na última terça-feira, fiquei bastante apreensivo refletindo sobre algo que ouvi.
 
A comissária de bordo Maria W., recordando detalhes da relação, juntou as peças e concluiu que o moço realizou o “grande ato” o qual planejava tornar público.
Ela disse que o copiloto repetia pesadelos provocados pela frustração de jamais conseguir ascender no trabalho.
O rapaz admitia que suas condições psicológicas não eram ideais.
Maria finalizou o namoro porque, cada vez mais, era evidente que ele tinha um problema.
 
O cara, cada vez mais, sinaliza ter um problema, ela acaba o namoro?
Por que não optar por ajudar o namorado a eliminar os graves conflitos?
 
* Atenção! O problema o qual fez a namorada “tirar o time de campo” não é responsabilidade da delicada aeromoça, ou seja, ela não precisa carregar a culpa do acidente.
Nada justifica o rapaz ter derrubado o avião, porém a “naturalidade” do repórter, esclarecendo o que levou a suave Maria a terminar o namoro, me deixou encucado.
 
Que mundo é esse o qual habitamos?
Onde estão os amigos? Eles servem para quê?
Apenas para os momentos alegres e divertidos?
Na hora das dores a regra manda abandoná-los?
Que droga de sociedade nós estamos formando?
 
Se o parceiro falhar na hora H, como a namorada deve agir?
Ela deve estender a mão, dando uma força para levantar a coragem ou é melhor fazer a fila andar?
Que tal enfeitar a testa do cidadão até o panaca se recuperar?
 
* Confesso que fiquei muito desmotivado.
Não sei se vale a pena ainda acreditar na solidariedade.
 
Nutro o medo de tropeçar vendo prevalecer o egoísmo.
Opa! É melhor levantar logo.
Pode passar alguém e me dar um chute.
 
Vou sair daqui, prefiro não correr riscos desnecessários.
Cada vez mais noto que a humanidade tem um milhão de problemas.
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 29/03/2015
Reeditado em 29/03/2015
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