CRIADORES

Hoje nossas canções tocam no rádio

Costumávamos dançar, enquanto a chuva caía lá fora...

Éramos puros, ainda que a impureza fosse a chama

Éramos anjos, tanto quanto poderíamos ser

Nossos sonhos flutuavam entre as vibrações

Entorpecendo as virtualidades, e os mundos vigentes

Caminhávamos livres pelos belos jardins do caos

Era a vida iniciando, enquanto a volúpia nos tornava criadores

A vida multiforme ainda não tinha forma

Quando nossos acordes viajavam pelos abismos

Luz e escuridão ainda formavam uma só coisa

Sem altura ou largura, só a verdade silenciosa nos acolhia

Interdimensionalidade em propositado vislumbre

Dor em sua forma mais íntima e macrocósmica

Nós, pequenos arcanos arquétipos

Diante dos fluídos cintilantes, e raios de nova aurora

Percorremos estradas invisíveis por todos os lares do universo

O amor se fundiu a partir de toda desesperança

Um tenro tipo de aliança, alicerçada num vernáculo terso adiamantado

Uma veste apoteótica para uma semente idiossincrásica

Afinal “somos” ou “existimos”?

A simbiose desperta o espírito, como em uma cromodinâmica quântica

Subimos ou caímos? Sonhamos em discrepantes infinitos?

Questionamentos, reverberando por eras incontáveis, nos deixam nesse ponto...

Que tenhamos coragem para prosseguir...

Elucidação para iluminar o ato seguinte...

Tomverter
Enviado por Tomverter em 01/06/2015
Código do texto: T5263152
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