Relações de poder - Análise psicológica sobre o poder

Você acha que o poder corrompe as pessoas?

Antes de responder, pense sobre o que é poder. Difícil né?

Poder é ter influência? Poder é ter liberdade? Poder é ter dinheiro?

Eu te digo que é possível que o presidente dos Estados Unidos não tenha poder e o dono de uma pastelaria tenha. Isso parece estranho não é?

Pois bem: O poder é subjetivo, exterior ao indivíduo e geral. Quase um fato social não é?

Porém, sendo geral, ele se aplica a todo o tipo de pessoa em todo o tipo de contexto. Mas mesmo assim continua sendo subjetivo.

Mas não é subjetivo do modo que possa ser interpretado.

Além de tudo, o poder é impalpável.

Você não pode racionalmente julgá-lo e nem ao menos negá-lo.

O poder não corrompe as pessoas. O que corrompe as pessoas é a própria mente.

E eu divido a mente em racional e selvagem.

O racional é o juízo de moral que você faz com todo tipo de pensamento e ação, baseado no princípio que você tem sobre si mesmo adicionado ao princípio que você tem do mundo. Além disso, o racional julga qualquer relação do seu consciente com o meio em que se está estabelecido.

Já o selvagem é a mente intuitiva.

É a fase inicial da conscientização da racionalidade. Porém ela não se perde e não se modifica. O racional é uma nova fase da mente selvagem.

O selvagem ganha importância quando o racional não consegue convencer a mente sobre quaisquer aspecto.

A mente selvagem não é o estado da natureza, mas é quase lá.

Após qualquer relação social, a mente não consegue se desprender dos fatos já acontecidos, e o racional se molda a partir deles.

Então, o selvagem é a falta da racionalidade, com resquícios da humanização que a racionalidade já acrescentou a mente.

Como já dito antes, o poder só consegue subjugar uma pessoa e fazer parte dela quando desvirtua a mente. É quando a mente ganha autonomia. A mente autônoma é uma mente intuitiva. E uma mente intuitiva é uma mente selvagem.

Porém, uma pessoa que obteve poder ao nível máximo, é a pessoa que chegou ao extremo da selvageria. Mas é uma selvageria consciente.

Você sabe o que está fazendo e tem poder de mudança sobre suas ações, contudo, uma mente selvagem é uma mente egoísta.

E quando a mente selvagem ganha autonomia, ela não quer perdê-la.

Por isso que é tão difícil se desvirtuar do poder depois que se adquire.

A incorruptibilidade da mente não é fator para julgar uma pessoa, porque o nível de racionalidade que a pessoa tem depende dos fatores sociais que a mente já passou. Quanto mais a mente sofre, mais ela perde racionalidade. Porém, o sentimento de antropocentrismo sobre si mesmo aumenta o nível de animalização.

O poder não o corrompe. O que o corrompe é a sua mente.

Porém, nem sempre a culpa é dela.

Leonardo Nali
Enviado por Leonardo Nali em 25/06/2017
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