Precipício.

Beiro o precipício,

Do qual não vejo fim

Não vejo fundo

Tão quanto a mim.

Sento-me à beira

Tão próxima

Da queda,

A qual fui empurrada.

Fico com as penas

Livres a balançar,

Enquanto minhas mãos

Tocam as pedras,

Meus pés tocam o ar,

Os cascalhos deslizam

Num infinito a rolar...

Que fim será este?

Que mundo criei para mim?

Que amor enterrei por aqui?

O que faço agora?

Deixo despencar precipício abaixo

Ou levanto e sigo

Sem lembrar,

Sem querer,

Sem pensar...?

Talvez esta

Seja a hora,

De partir,

Viver sem você,

Ante isso

Morrer de amores

Por ti.

Saudade

Já vai tarde,

Vou tomar rumo

À outro caminho,

Se me amar também

Deixarei rastros,

Para me seguir,

Quisá encontrar

E mergulhamos juntas

Nas profundezes de nós duas.