(IN) SANIDADE
Reclusos pelas paredes da normalidade,
Discriminados pela sociedade,
A beira de um abismo insano,
Estão aqueles ditos “inumanos”.
Abandonados a própria sorte,
Sofrendo dia á dia até a morte,
Buscam urgentes pela cura
Do que os “ditos normais”
Acreditam ser a LOUCURA.
Vivendo num mundo de aparências,
São sentenciados á seres sem inteligência
Condenados por não seguir um padrão,
Rejeitados por pensarem além da razão.
Indivíduos nos quais a liberdade é plena,
Em seus mundos paralelos, tudo vale a pena.
Mas em nossa sociedade, sã e perfeita,
Não cabe a razão do LOUCO, insana e imperfeita!
Vítimas do cárcere social são torturados,
Nus, de corpo e alma, eletrocutados.
Transformados em escória, nada são.
Menos que animais, nem dignos de afeição.
São tão somente, loucos e sonhadores
Além da subestimada noção,
Do que para nós, é hoje,
O conceito conveniente da razão!