Os Contos da Citadela - O desespero dos que ali residem

O vento sopra pelos corredores

Os incautos, agora alertas, empunham armas

Coragem, mesmo que larga, não basta aos pecadores

As árvores secarão novamente.

Vamos, entre, a porta será fechada

Tranquem as janelas, as bocas, as casas

Escondam as crianças e afugentem os animais

O mal está voltando uma vez mais.

Ele soa bom; encantar é sua natureza

Envolve-nos com sua beleza e erudição.

Por trás daquela fachada não há razão,

Não há paz,

Não há saída,

Há apenas uma ferida que pulsa, ferve e sangra

Que alimenta um homem torpe de vingança

E execra qualquer esperança

De que nossas vidas serão tranquilas.

Esta é sua segunda vez.

A estrelas se alinham e marcam sua volta

Abaixo, nos portões, já ouço a revolta,

Dos iludidos que por ele clamam,

Dos iluminados que por Deus proclamam,

Da confusão antes mesmo de sua chegada

Chamem as crianças e tranquem os portões.

Hoje a Citadela está fechada.