Funeral
Nem a dor que deverá perfurar a minha alma
Sangrando um coração que jaz, não bate mais
Nem a lágrima que cai em tom de despedida, jamais
Poderá me devolver a paz e a minha alegria
Que vai sumindo no silêncio que segue o funeral
E a tristeza deixando marcas pelo caminho, que jaz
Um dia, você pisou digna e divinamente, com sua beleza sem igual.
Nem a saudade que me partiu ao meio
Nem as lembranças que habitam o vazio
Que deixou martirizando o meu destino
Nem nada, poderá me devolver o seu sorriso
O seu olhar que era minha luz, se apagou
E agora habita entre as estrelas do céu
A minha vida, qual vida? Se desfez em prantos
Diz que não é verdade, que você não morreu.
E que tudo foi um sonho, um pesadelo talvez!
O que foi que aconteceu? Me explique, por que o amor emudeceu?
De repente, me sinto só tão, só quanto a uma lágrima que se perdeu
Pela correnteza, que se juntou com a minha dor, minha saudade
E agora? O que deveria sentir, não sinto mais
Nada é para sempre, nem as alegrias e nem as tristezas
E agora quem morre a cada dia, sou eu.