Funeral

Nem a dor que deverá perfurar a minha alma

Sangrando um coração que jaz, não bate mais

Nem a lágrima que cai em tom de despedida, jamais

Poderá me devolver a paz e a minha alegria

Que vai sumindo no silêncio que segue o funeral

E a tristeza deixando marcas pelo caminho, que jaz

Um dia, você pisou digna e divinamente, com sua beleza sem igual.

Nem a saudade que me partiu ao meio

Nem as lembranças que habitam o vazio

Que deixou martirizando o meu destino

Nem nada, poderá me devolver o seu sorriso

O seu olhar que era minha luz, se apagou

E agora habita entre as estrelas do céu

A minha vida, qual vida? Se desfez em prantos

Diz que não é verdade, que você não morreu.

E que tudo foi um sonho, um pesadelo talvez!

O que foi que aconteceu? Me explique, por que o amor emudeceu?

De repente, me sinto só tão, só quanto a uma lágrima que se perdeu

Pela correnteza, que se juntou com a minha dor, minha saudade

E agora? O que deveria sentir, não sinto mais

Nada é para sempre, nem as alegrias e nem as tristezas

E agora quem morre a cada dia, sou eu.

Edimilson Eufrásio
Enviado por Edimilson Eufrásio em 10/10/2017
Código do texto: T6138625
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.