ELAS EM MIM
Minhas ancestrais são do tabuleiro, do tambor e da esteira.
Adornos e signos, sou aprendiz.
São berço, braços e mamas, infindas e incansáveis.
Um saber em dor, sabedoria, Sankofa feroz que além de cabeças trazem ombros que sustentam e traduzem histórias.
Lindas, lindas, lindas.
Perfeição que nenhuma pintura consegue reproduzir, são linhas de tecidos, de corpos e de cicatrizes que me representam.
Candaces, Mães, Baianas, unidade em mim , as reconheço e reverencio num simples olhar no espelho.
No chorar, no sorrir, no respirar.
O Sagrado em carne, sou eu MULHER PRETA divindade.