O Meu Retorno

E já se passaram seis anos desligado.

Das labutas e torturas que a vida impôs

silenciei meus versos, ficou muda a poesia.

Agora ao meu retorno, com o coração mais leve,

disperso, muito vivo e ainda ofegante

percebo ele ainda meio encabulado.

As saudades de uns tempo e outrora

tempos de menino, que pra sonhar não tinha hora.

Saí mundo afora,quis desvendar o desconhecido,

quis entender o que nunca havia entendido,

e lá na curva da estrada, entre a bifurcação

que a vida pede, escolha, razão ou coração.

Dilaceram-me os sonhos e meu ideal já maduro,

Vida vivida a amargas mínguas por ser inquilino,

pesada escolha,pesada sina, simplesmente por

não ter um destino, poesia trancada em malas secas

sem texto, sem cor, pálida esquecida.

Hoje ao meu retorno retiro meu texto todo maltrapilho,

talvez rude porem a certeza que ele é e puro.

Todo ainda meio perdido, volto como a sua melhor descoberta

Deixando os meus pensamentos vagos, a quem vive,

a quem segue amando e a quem amará alguns textos farrapos.

Na esperança senil de grandes conquistas.

Apesar de toda poesia ter quase perdido suas essências

Hoje deixo meu texto como aquarela, em um retrato

que ao poucos dos versos,diz que hoje estou feliz

Retratos de poesias e de momentos vagos

lembranças que deixarei nesse jardim que eu mesmo fiz.

Seu eterno menino
Enviado por Seu eterno menino em 13/11/2017
Código do texto: T6170714
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