Entre taças, tragos e versos

O ato implícito...

Se é tarde pra voltar, me afogo em vinho.

Esquentando o sangue frio,

Ainda estou sozinho.

E agora notei tudo o que tinha perdido!

Pelo meu narcisismo,

Estou só, com meu alcoolismo.

E se dói, de novo....

Me encontro no vício,

O pior é que são ossos do meu oficío.

E é só disso que preciso.

Quero uma guilhotina,

Minha fiel companheira, nicotina...

E as tragadas viram rotina.

Pra me esconder, proteger,

De fumaça, cria - se a cortina!

Tristeza, solidão e a raiva

São afogadas em minha própria desgraça,

Desaparecem como fumaça,

Um ciclo que nunca acaba.

Dois goles, e ja acaba mais uma taça...

Não aguento, então

Eu vivo em meio à essa farça.

Onde minutos e horas, já estão sem graça!

Tudo o que amei...

Só decepção,

Ouro que deixei escapar pelas mãos.

Matei o passado,

Onde eu era fraco

Me afundando em vícios baratos.

Pra aquecer o que deixei frio aqui,

E talvez lembrar, que ainda não morri!

Entre taças, tragos e versos,

Sei que sou incapaz de voltar no tempo.

Provo do meu proprio veneno,

Me matando nos pensamentos,

E aos poucos, morrendo...

Perdido e destruído como penas ao soar dos ventos.

Gabriel Atalla
Enviado por Gabriel Atalla em 17/11/2017
Reeditado em 15/10/2023
Código do texto: T6173982
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