VIDA 
Guida Linhares 

Quando meu filho me indaga
Minha mãe, como é a vida?
Lhe respondo que nada apaga
A dor da esperança perdida

Quando então ele questiona
Minha mãe como saber
Qual o mal que ocasiona
Tanta dor e nao sofrer?

Digo-lhe simplesmente
Que a vida é um rio que corre
Veloz através da corrente
Do sonho que nunca morre

E que os sonhos que dela fazemos
Tomamos em nossas mãos
E com toda a força que temos
Nenhum mal nos farão

Se os tropeços porventura
Surgirem na caminhada
Nossa alma sendo pura
Fará doce a nossa estrada

Caderno de Poesias - em 11/04/97 - em reunião do Grupo de Poetas do Posto 6. Havia uma exposição individual dos quadros que pintei naquela época e no mesmo posto os poetas se reuniam aos sábados e me juntei a eles. Ontem mexendo nos guardados encontrei o caderno de poesias que agora compartilho no céu cibernético.