A Luta Contra A Raiva Do Mar Da Destruição

Tu és o nosso aclamado Imperador!

Ouça-nos do descanso eterno.

Levante sua terra com clamor,

Essa terra pertencente aos seus netos.

Somos filhos do Brasil, nossa glória resplandece no céu!

Salve nossa mãe, Princesa Isabel!

O seu pai com eterno fulgor conservou teu país.

Manteve teu povo proclamando o labor.

A República está falida, projetada para tal.

Aceita, oh Brasil, a Causa Imperial!

Não deixemos a luta que tão logo se esfria

Apoiaremos com toda a honra a Monarquia!

Carregaremos o fardo que tu nos ensinaste a carregar.

Ergueremos nossa bandeira mesmo em alto mar.

A tua alma permanecerá forte mesmo fora de teu corpo

Ela será o símbolo que inspirará todo o caminho de teu povo.

Saíram vós de Portugal

Até que chegaram a Calicute as embarcações de Cabral

Tentaram por outra direção buscando auxílio.

Batalharam ferozmente por mares inimigos.

Tu completas a tua viagem com exímia inteligência

Expulsando o teu maior inimigo do regime em tua consciência

Napoleão expôs quão grandioso foi o teu curso

Tão poderoso quanto, somente o inverno russo.

Sustente em tua mente a ideia da tua alma esfacelada

Passe para frente tua poesia, não espere dar em nada.

Entenda que tua fuga depende de todo um contexto

O único que te enganou? A neve e D. João VI.

Seguiu teu curso no Atlântico a navegar

Começou ali o país a se moldar.

Uma biblioteca, a tua sabedoria, levou consigo

Não deixaste que destruísse-a teu inimigo.

Chegou a esta terra um povo que viajou por meses.

Embarcaram aqui as naus d’onde saíram mais portugueses.

Com exímio fulgor a tua força conseguiu rebentar os portões

Iluminado sempre pela poesia de Camões.

Avistou terra do mastro o filho de Portugal.

Pensou em ir avisar o que vira para Cabral.

Passou a mão nos olhos, limpando para que melhor visse.

Terra à vista, ele disse!

Encheu-se de alegria a ponto de queimar por dentro.

Não sabia se era realidade ou uma miragem o que estava vendo

Logo chamaram-na de Terra de Santa Cruz.

Observou que existia na praia alguns nativos nus.

Aquelas treze caravelas trouxeram um povo estranho

Já existia ali gente. Foram invasores, portanto.

Navegaram de bote até a praia onde colocaram o pé.

Fincaram ali uma cruz em sinal de fé.

E veio com eles aqueles homens de preto;

Aqueles guerreiros com fé transbordando pelo peito.

Com suas batas quentes e o livro escrito em língua estranha

Eles propagaram a fé por imensas distâncias.

Por dificuldades geográficas eles alcançaram os índios,

Os quais viviam em longínquas tribos.

Pelo que foi instaurada a catequese,

Eles passaram a viver pela necessidade da prece.

Mas essa jornada não permitiu somente felicidades.

Como por toda história humana, ocorreram atrocidades.

Aqueles nativos rebeldes à cultura daquela estranha gente

Eram rendidos e feitos escravos do poder recente.

E eles guerreavam contra esse poder.

Eles lutavam para que sua terra voltasse a lhes pertencer.

Arcos e flechas brigavam nos ares contra a pólvora inimiga.

Era um cenário que não facilitava o fim da briga.

Um borbulhar de encontros indigestos tomava o continente.

Mas ainda tinha espaço para outro componente:

O africano, rendido por seus próprios irmãos de diferentes tribos

Acrescentou ainda mais força ao conflito.

Daniel Lira
Enviado por Daniel Lira em 27/09/2017
Código do texto: T6126630
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