Preto, aguado e gostoso

PRETO, AGUADO, GOSTOSO!

Ele pode ser moreno

E também pode ser preto

Um pode ser fraco

Outro pode ser forte

E de muitos é preferido

De rico e de pobre

Tem sabor aromático

Aqui serve de break-fast

Tem procedência variável

E não se bebe ele em festa

Quente é apreciável

Frio há quem detesta

Em lanche e bar é servido

No empório também se acha

Em sacola ele é vendido

E é servido em taça

Xícara e copo de vidro

Tem selo e marca

Fruto de uma herbácea

A bebida é extraída do fruto

Que descascado é posto a secar

Torrada e moída é a semente

Cuja bebida resulta

Da infusão com água quente

Da família das rubiáceas

É cultivado de Norte a Sul

Leva nome de “Arábica”

E também de “Conilon”

Se nele não se for viciado

Costuma ele tirar o sono

Não é palatável sem adoçante

E combina com vários alimentos

Adoçado com açúcar ou edulcorante

Isso depende do cliente

Pra quem nele é viciado

Se não o bebe se sente doente

Também dá ansiedade

Dor de cabeça e nos ossos

Bebem dele à vontade

Coisa que eu não posso

Alguns o preferem à tarde

Depois da sesta, que troço!

Ele dá derrame

E causa hipertensão

Mas há quem o ame

E dele não abra mão

Ainda que cause dano

E angustie o coração

É verde quando imaturo

Sua lavoura é contada por pé

Fica rosado quando maduro

E é cultivado também por mulher

Pra que você seja mais puro

Melhor não tomar café.

Oli Prestes

Missionário