Vida de nordestino

Nuvens carregadas surgem no horizonte

Fazendo renascer a esperança que ainda vive

No coração do homem nordestino

Que, prostrado de joelhos, na terra rachada

Castigada pela seca que assola a região

Implora aos céus, com os olhos lacrimejando

Que a chuva não demore a cair

Porque já não há mais água nas nascentes

E a vida está se esvaindo, pouco a pouco.

O que será desse povo humilde e sofrido

Que já não tem a quem recorrer?

Vivem entregues à própria sorte

À espera que um milagre aconteça

E que a tão esperada chuva

Volte a cair novamente

Molhando a terra esturricada pelo sol

E trazendo a vida de volta

Em cada pedacinho desse chão.

Núbia Cavalcanti dos Santos
Enviado por Núbia Cavalcanti dos Santos em 08/11/2017
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