E Agora?

E agora? Que fazer dessa saudade

Que bate como se fosse um martelo;

Tal qual correntes nos atando ao pelourinho

E que não conseguimos jamais romper o elo.

O perfume fica e nos acompanha

À todo canto que vamos a nos perseguir,

O toque das mãos, o sabor dos beijos,

Volúpias de um prazer que queremos sentir.

E nada interfere nesse ato singelo

Que até mesmo o tempo parece parar,

Agarrados ao leme de um amor tão puro

À noite nos convida a continuar.

E é tão saboroso o cálice da oferta singela

Doce misturado a sussurros profundos,

E o veu do cansaço envolvendo tudo

Dormimos, sonhando com coisas de outros mundos.

Guel Brasil
Enviado por Guel Brasil em 30/05/2017
Código do texto: T6013918
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