Ninguém é
Pedro Oniwlack me visitou ontem à tarde.
Tomamos café, conversamos, vimos filmes
E nos deitamos. Dormi.
O desgraçado furtou meus cadernos e
Saiu sem me beijar.
Ligou-me à meia-noite e exigiu
Que eu publicasse tudo.
Pedro foi devasso?
Ou será devassador?
Eu nem sou.
Na verdade, ser só é possível
No passado ou no futuro;
Ninguém é, pois.
Fui ou serei -
Mesmo achando que sou.