Paisagens de Byron

O céu noturno reveste-se de nuvens cinzas,

A lua fura um lençol de textura algodoeira seu sorriso baço, olhos lívidos, marmorizados.

Como uma santa a contemplar a terra.

Paira sobre o meu amor.

Paira sorridente com olhos lascivos.

É a imagem da minha catarse.

O meu eu-inventado

Para livrar-me do meu Cristo crucificado

Há nessa névoa paisagem de Byron, um desejo de meu desejo ser encontrado.

Há aí dois mundos: um visível e outro invisível.

O visível está aí; é o cachorro correndo, o homem chegando do trabalho, os carros passando.

O invisível é o que está dentro e envolta do visível.

É esse desejo no peito, é essa metáfora.

Sérgio Caldeira
Enviado por Sérgio Caldeira em 03/01/2011
Código do texto: T2705769
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