Paisagens de Byron
O céu noturno reveste-se de nuvens cinzas,
A lua fura um lençol de textura algodoeira seu sorriso baço, olhos lívidos, marmorizados.
Como uma santa a contemplar a terra.
Paira sobre o meu amor.
Paira sorridente com olhos lascivos.
É a imagem da minha catarse.
O meu eu-inventado
Para livrar-me do meu Cristo crucificado
Há nessa névoa paisagem de Byron, um desejo de meu desejo ser encontrado.
Há aí dois mundos: um visível e outro invisível.
O visível está aí; é o cachorro correndo, o homem chegando do trabalho, os carros passando.
O invisível é o que está dentro e envolta do visível.
É esse desejo no peito, é essa metáfora.