SILÊNCIO!
SILÊNCIO
O poeta corre
O poeta foge
Foge das balas perdidas
Corre da violência
Mas sempre é alcançado
Alcançado pelo destino.
Tentam calar
Tentam sua prisão
Não sabendo que já é prisioneiro
Prisioneiro do seu silêncio
Prisioneiro dos seus testemunhos
Do funcionamento do seu cérebro
De suas andanças
Onde enxerga através dos quadrinhos
Quadrinhos do amor que não viveu
O contraste do amor, de amar e ser amado
De como seria, ai como queria, ai como queria.
No alto da imaginação, a paz tão sonhada que não vem junto com a felicidade, nem a paz, nem a felicidade
Só frustração e desejos
Pois no auge do seu retiro sua sede e fome ainda se faz presente no silêncio de sua cela.
Escrito em 02 de dezembro de 2011, por Orlando Oliveira