Um doce d’ocê

Se somente à vontade

sempre que estiver

tua voz vai oferecer

o doce de verdade

não sendo um qualquer

e é este som d’ocê,

esteja em liberdade

pra que sempre que quiser

com tua voz, me enflorecer

caso não saiba a verdade

este homem quando quer

faz-te eterna ao lhe ver.

Pois se Minas lhe deixou

essa fala bem mansinha

duma forma ritmada,

o capixaba transformou

tua fala arrastadinha

em palavra que é rimada,

pois se o tempo não tomou

teu jeitinho mineirinha

não perca este por nada

porque o mar cá não levou

esta forma gostosinha

da tua fala encantada.

“Uai

trem

pela carona d’ocê

obrigada!”

O doce d’ocê,

no pote-poema:

estais bem guardada!

Lucian Rodrigues
Enviado por Lucian Rodrigues em 03/12/2011
Reeditado em 05/12/2011
Código do texto: T3370339