Balada de 3 em 23

Das andanças que conspiram à favor,

não importa, as palavras são impulsivas

e germinam no fogo o alcance desbravador,

a brisa ariana, inexata de angústia e prazer.

Órfão no cálice de desejos impossíveis

o possível é entregá-los ao fugitivo luzir,

ao arrepio da pele, ao palpite do beijo,

ao inaconselhavel conselho do instante.

Não há o que remediar quando se fere.

Prefere-se ante a isso, lançar-se de novo.

Magoar-se? Talvez. Mas viver a insanidade

ou a sanidade dos desvairados de amor.

Na lógica tecida nos fios revoltos de março,

o princípio está na volúpia inalterada de ser.

Nos bem-aventurados cuja felicidade existe,

contudo perdura no finito amarelo pôr-do-sol.

Poema publicado também na página pessoal do autor, Blog VERDADE EM ATITUDE (www.VERDADEmATITUDE.com.br).

Thiago Azevedo
Enviado por Thiago Azevedo em 21/03/2012
Reeditado em 21/03/2012
Código do texto: T3567469
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