PRO FUNDO
Padecer, Resurgir...
Lapide minha boca
Nem mesmo uma vogal
Atrevida rugi!
Paredes pareiam, sombreiam
Queda sobre os sentidos
Parecem querer engolir o ser
O coração é uma montanha
Que resolveu demolir
A alma tecida de brisa partindo...
Desertor treme ia
Craveja-lhe o frio
A noite é senhora da aurora
Resolvida festeja por ai...
- O que queres de mim
Vale enigmático?
“Desatar as ideias dar-lhes asas
Sonhar o abstrato, viver enigmas”?
Deito-me no tapete agreste
Já o reconheço doutra vida...
Ampara-me os penares
Acalenta a inquietude
Absorva o inchaço
Rejunta-me!!