A Manhã

Mais um dia aqui, sentado diante do tempo

Tocando feridas, abrindo janelas da alma

Sangrando em silêncio, abafando os gritos

Por toda essa vida, por todos esses sonhos

Eles teceram a frágil lembrança

Mas esqueceram que somos fortes

Eles bajulam o corpo

Mas sabem que o espírito persiste.

Eu ouvi alguma triste canção longe

Conseguindo penetrar por algum canto dessas paredes frias

Reiventando parte de mim, enquanto tudo mais se degenera

E todo o tempo, nada mais é que irrealidade em forma de matéria

No jardim desses deuses todos

Esse menino corre nú, sem medo, abraçando a vida na totalidade

Ao mesmo tempo seu corpo em vida, morre!

Porque todos só enxergam a pele, todos ignoram a essência

As luzes da cidade não alegram seus olhos

Ele prefere a lua, ele é amante das estrelas

Esse homem-menino ainda escuta as vozes da manhã

Ainda reconhece os traços da verdade em tudo a sua volta

Ele ainda olha com olhos de criança

Não vê o que o mundo espera que ele veja

Ele tem apenas essa luz gerando horizontes

E esse é todo o seu tesouro

... Todo seu tesouro!

Tomverter
Enviado por Tomverter em 09/08/2012
Código do texto: T3821183
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