Acácia

Mire seus olhos nos meus

Para indagar essa profana audácia

As rimas da minha amargura

Perambulam sem cura o nome acácia.

Quisera um sábio saber

Desvendar o porquê desse sentimento

A fala que outrora nos versos

Os fez de protestos que acusam um momento.

As vozes não querem sentir

Esquecer o que ouvi é minha oração

Os ventos que sopram rancor

Passaram pelo detector do meu coração.

E grita a fé e a amargura

A viagem à loucura, prestes a acontecer

O trauma, a pane, o envolvimento

Difícil tormento que quero entender.

O motivo é o simples, amigo

Depende do olhar de quem recebe a mão

O que estende e espera a troca

Contradiz a retórica, minha opção.

Dizer, fazer, escrever

Contendo um porquê, maior pertinácia

Entende, meu caro, a vontade

Tenho toda liberdade, de acusar acácia.

Evelyn Dias
Enviado por Evelyn Dias em 28/08/2012
Código do texto: T3854227
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